segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O tratamento documental de manuscritos ao serviço da investigação: a experiência da Biblioteca Nacional


Os manuscritos foram desde sempre entendidos como objecto de enorme notoriedade.
Definidos como documentação especial e preciosa  -  ideia que a declaração de António
Ribeiro dos Santos,  em 5 de Janeiro de 1795, bem testemunha, notando a necessidade de
enriquecer a Real Biblioteca Pública da Corte (ainda não instituída por alvará) com
aquisições de manuscritos: «está ainda m[ui]to desprovida de livros raros, e de Codigos
M[anu]s[crito]s de estimação que são os que formam a preciosidade  das grandes Livrarias
[…]»

  - foram conservados à parte,  ocupando a Sala XIª, designada  «Sala dos
Manuscritos», na estrutura orgânica da Real Biblioteca Pública da Corte.
De facto, reside nestas colecções, consolidadas ao longo dos tempos, uma das maiores
riquezas patrimoniais da Biblioteca Nacional. Entre elas temos de salientar, pela
excepcional importância, a Colecção Alcobacense, proveniente da livraria do Mosteiro
cisterciense de Santa Maria de Alcobaça, que reúne um conjunto de 461 códices,
compreendidos entre os séculos XII e XVIII. Trata-se de uma colecção ímpar a nível do
país  -  inclui o mais completo fundo de manuscritos medievais existente  - no que toca à
singularidade da iluminura, e à abrangência de textos, sendo particularmente relevante o
conjunto de cerca de 180 códices dos séculos XII e XIII, executados na sua maior parte no
próprio scriptorium do mosteiro, e que é, por si só, um verdadeiro tesouro do património
nacional. Leia o texto completo

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário