O artigo procura circunscrever historicamente uma série de reflexões que a experiência da temporalidade situa para o historiador contemporâneo a partir da proposição da noção de regime de historicidade, especialmente contrapondo sua formulação moderna, estruturada pela idéia de Progresso, à antiga, polarizada pelo topos da historia magistra vitae.
Palavras-Chave: Regime de Historicidade; Temporalidade; Escrita da História; História; Historia Magistra Vitae
Há uma Sociedade Internacional para o estudo do tempo que aparentemente se reúne desde 1969. Não é esta a via científica que vou seguir. Antes, lembrarei primeiro uma citação de Agostinho:" Nos tempora sumus" (nós mesmos somos tempo) e começarei por uma questão bem simples. Seria significativo considerarmos nossa atual situação, digamos a partir de 1989, do ponto de vista de nossas relações com o tempo? Lança alguma luz reintroduzir a questão do tempo ou tratar o tempo como questão? Não detenho direito especial para fazê-lo: vindo de um passado remoto, não posso me apresentar como praticante do que, bem sugestivamente, os alemães chamam de Zeitgeschichte, a significar história do presente.
A fim de formular uma possível resposta, proporei uma viagem de duas vias, do século XX para a Mesopotâmia antiga e de volta. Certamente demasiado longa e demasiado curta! Bem, faremos apenas algumas paradas, escolhidas por oferecerem ao viajante tanto algo similar ao que agora experienciamos quanto, ao mesmo tempo, nítidas diferenças. Não irei considerar todas as formas de tempo ou experiência temporal, mas apenas aquelas que pertencem à tradição do saber: mais precisamente, os modos por que se conectam presente, futuro e passado na escrita da história. Estas configurações intelectuais compõem apenas uma camada nas relações complexas e intrincadas para com o tempo mantidas por toda sociedade a cada momento, uma trama percorrendo a tapeçaria. Leia o Artigo completo
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