quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Eficácia e eficiência sob a ótica das organizações.


Eficiência e eficácia seriam apenas duas palavras normais se não as observássemos sobre o contexto da administração. Quando analisamos essas palavras sobre a ótica organizacional, elas tomam um novo sentido, ou melhor dizendo, uma nova conotação. Essa conotação que esses termos ganham é de fundamental importância para que em sua aplicação na prática se obtenham os melhores resultados. É imprescindível que se compreenda exatamente o que significa eficiência e eficácia. Segundo o psicólogo especializado em administração de empresas, Bernardo Leite Moreira: “As diferenças entre esses dois conceitos podem até parecer sutis, mas realmente são extremamente importantes.” Peter Drucker, conceituado autor, considerado o “pai da administração moderna”, é categórico em afirmar: “eficiência é fazer as coisas de maneira correta, eficácia são as coisas certas”. E complementa: o resultado depende de “fazer certo as coisas certas”. Segundo registrado pelo Dicionário Houaiss; eficácia, em administração, é a qualidade ou característica de quem ou do que, num nível de chefia, de planeamento, chega realmente à consecução de um objetivo. E a eficiência; em administração, qualidade ou característica de quem ou do que, num nível operacional, cumpre as suas obrigações e funções quanto a normas e padrões. Apesar das definições do dicionário Houaiss relacionarem ambos conceitos em níveis organizacionais diferentes, como se fossem independentes, eficácia e eficiência estão intimamente ligados se pensarmos em um arranjo sistemático de pessoas reunidas para alcançar um propósito especifico. Uma organização ideal seria ao mesmo tempo eficaz e eficiente, de modo que as suas ações (métodos e procedimentos) aplicadas aos recursos (materiais e intelectuais) obtenham o máximo de aproveitamento (eficiência). Uma vez que esse conjunto de ações fossem eficientes, obteriam êxito na conquista de um objetivo maior, ou seja, a meta, essa por sua vez, se fosse alcançada provaria que a organização foi eficaz ao planejar, organizar, dirigir e controlar. Uma exemplo grosseiro que ilustra de forma clara o que esses conceitos significam é o de uma equipe de vendas. Suponhamos que uma equipe de vendas tenha uma meta a cumprir, vender “x” unidades de um determinado produto em um determinado período de tempo. Para tal, eles poderão utilizar uma infinidade de opções e maneiras de agir. Se tomarem a decisão certa, a mais inteligente (maior aproveitamento) para o negócio, voltada para atingir a meta, então eles estarão sendo eficientes e se essas medidas de fato os levarem a atingir a meta estabelecida (alcançar o objetivo) então seriam uma equipe eficiente e eficaz. Acredito que nenhuma frase pode descrever melhor essa relação entre os meios adequados e as finalidades (metas), como a que o filósofo político florentino Nicolau Maquiavel citou em sua obra “O príncipe”, que diz que: “Os fins justificam os meios”. Fazendo uma interpretação coerente dessa máxima de Maquiavel é possível dizer que de certa forma, Maquiavel sintetizou uma idéia primitiva da relação entre eficiência e eficácia de acordo com sua visão politíca.

Fonte:

Disponível < http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/eficacia-e-eficiencia-sob-a-otica-das-organizacoes/12568/ >

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