Por André de Jesus,
Daniela Silva e Nádia Valverde
1. DEFINIÇÃO DE BRINQUEDOTECA,
O ATO DE “BRINCAR” E BIBLIOTECA ESCOLAR
A brinquedoteca é um
ambiente físico abrangedor, alinhados aos mais diversos tipos de objetos que
impulsionam o processo criativo e a imaginação.
A literatura fundamenta ser
brinquedoteca “[...] um espaço criado para favorecer a brincadeira. É um espaço
onde as crianças (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o
estímulo à manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas”. (CUNHA,
1994, p.13).
A brinquedoteca oportuniza o
cultivo da brincadeira, de modo aberto, para as individuo em qualquer período
da vida, como ressalta Almeida e Casarin (2002, p. 2), a Brinquedoteca, “é um
espaço que permite o brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de
suas potencialidades e necessidades lúdicas, com muitos jogos variados e
diversos materiais que permitem a expressão da criatividade”.
Podemos dizer que, a
brinquedoteca estimula e desenvolve habilidades e aprendizagens na infância por
meio do brincar.
De acordo com Bueno (1994),
o brincar é definido como “divertir-se; gracejar”. Essa característica
divertida, prazerosa é apenas uma das características do brincar.
Complementando o conceito de
brincar, os Deputados da Câmara – Parlamento Brasileiro e os estudiosos palestrantes
(2005, p. 10) salientam que, “[...] o brincar é um direito da criança, na
brincadeira ela constrói, se elabora e se forma”.
Brincar não é ficar fazendo
futilidades, como acreditam alguns adultos, é imprescindível estar atento a essa
maneira seria do ato de brincar, pois esse é o seu trabalho, ações por meio do
qual ela desenvolve potencialidades, percebe papéis sociais, limites, conhece
novas agilidades.
Neste contexto, o brinquedo
pode ser um objeto de brincar ou uma atividade lúdica.
Atividade lúdica quando você
faz algo que gosta, com prazer sem obrigação ou competição é chamado de
brincadeira.
Temos três tipos de
brincadeira na educação infantil, brinquedo educativo ou pedagógico,
tradicional e de construção.
A brincadeira educativa ou pedagógica é
aquela que educa, desenvolve o raciocínio com prazer, como o quebra-cabeça. O
tradicional depois da tecnologia já não são muitos utilizados como amarelinha,
o pega-pega. O de construção quando a criança cria uma realidade para si, como uma fantasia.
Brincar e jogar define a mesma coisa, só que
no jogo existem regras, é uma ferramenta de aprendizagem, desenvolvendo
experiências sociais e pessoais, levando o professor a avaliar, estimular e
conduzir a aprendizagem dos alunos.
No jogo tradicional existem regras com
objetivo de desequilibrar a organização mental das crianças promovendo seu crescimento.
Os jogos espontâneos é quando a criança é independente e expõe sua vontade de brinca.
O brinquedo, a brincadeira e o jogo é a base
para o desenvolvimento e aprendizado das crianças.
A escola é o segundo item do aprendizado das
crianças, que no inicio tudo é muito estranho para elas, o relacionamento com
outras crianças, os professores que usam outros tipos de expressões. Os
familiares transmitem os conhecimentos corriqueiros e a escola à cultura, sendo
os professores que educam as crianças para a vida em sociedade.
A
Organização dos Estados Americanos (1985, p. 21) conceitua a biblioteca escolar
como um centro de aprendizagem no qual se pode observar:
uma participação direta em
todos os aspectos do programa de educação [desenvolvido] com materiais de todo
tipo, onde os educadores, estudantes e usuários em geral podem redescobrir e
ampliar os conhecimentos, desenvolver pesquisas, desenvolver aptidões para a
leitura, para opinar, para avaliar, assim como, desenvolver todos os meios de
comunicação que dispõe o ser humano com o objetivo de assegurar uma
aprendizagem total já que vivemos em um mundo multidimensional .
A
biblioteca escolar constitui, desta forma, como parte integrante da escola,
sujeita as suas normas e regulamentos. O material compreendido em uma
biblioteca escolar se destina a apoiar atividades didáticas - pedagógicos
ajustados nos objetivos da instituição escolar, enquanto espaço educacional,
cultural e recreativo.
As escolas necessitam de espaços reservados
para brinquedoteca, desenvolvendo as crianças através do lúdico, onde elas
apreendem brincando.
Deste modo, a brinquedoteca escolar deve ser
vista como um suporte pedagógico, que possui jogos e brinquedos, que estimulam
o raciocínio lógico e matemático, contribuindo para a alfabetização.
A brinquedoteca escolar é um suporte
pedagógico, que possui jogos e brinquedos, que estimulam o raciocínio lógico e
matemático, contribuindo para a alfabetização.
3. BIBLIOTECÁRIO COMO EDUCADOR
De
acordo com o Caldin (2005, p.168), bibliotecário tem uma responsabilidade
enorme, pois dependerá dele (de seus próprios valores e crenças), o resultado
das ações efetuadas dentro da biblioteca. Se ele considerar a educação em um
sentido amplo, não limitado somente ao ensino, mas, principalmente, voltada à formação
de hábitos e atitudes do aluno, ele não se restringirá a ser um mero
técnico-administrativo a serviço da escola. Ele irá lutar pela conquista da
igualdade de oportunidades sociais que possibilitem a todos os estudantes o
acesso ao conhecimento registrado.
Mueller
(1990), em tempos idos falava que a maioria dos bibliotecários encarava o
conhecimento como algo pronto para ser adquirido, consumido e reproduzido.
Tem
de lembrar, também, que os novos tempos exigem que a escola (professor e
bibliotecário) esteja apta a preparar o indivíduo para a sobrevivência nessa
sociedade em rápida e constante mutação. Em vista disso, Souza (1999), levanta
a questão: que profissional é o bibliotecário? Assim, quanto à sua identidade
profissional, deve-se indagar sobre seus objetivos e responsabilidades, seu
valor para a sociedade e status entre as demais carreiras profissionais e,
consequentemente, o nível de sua remuneração; quanto à organização da profissão
como área do conhecimento, deve-se indagar sobre a forma pela qual está
organizada – como carreira profissional ou como campo de investigação, como se
processa sua formação profissional e como se comunica com seus pares; quanto à
relação com o usuário, deve-se indagar como vê o usuário da biblioteca e como
esse o vê; quanto ao desempenho profissional, deve-se indagar em que consiste
sua excelência, o que considera sucesso ou fracasso, se está buscando emprego
ou trabalho.
Tavares
(1973), “o bibliotecário deve fornecer a informação rápida, encontrar o
material adequado - ir ao encontro do que o aluno precisa e deseja, são tarefas
do bibliotecário”. Por isso ele necessita de uma boa comunicação com os
estudantes, deve ser agradável, gostar de servir e ser criativo e responsável,
porque do seu trabalho dependerá o resultado das pesquisas dos estudantes. Por
isso Douglas (1971), afirma que “o bibliotecário deve compreender as crianças,
saber conquistá las, dirigi-las, ter espírito de curiosidade, animação, boa
saúde, tato, entusiasmo, energia e saber lidar com adultos tanto quanto com
criança”.
Segundo
Corrêa (2002, p.107), pode-se concluir que o bibliotecário desempenha algumas
funções educativas, contudo diferentes das que um educador escolar desempenha
em sala de aula. Sua função educativa concentra-se no sentido de auxiliar a
comunidade escolar na utilização correta das fontes de informação, dando um
embasamento para que o educasse saiba usufruir esses conhecimentos, também fora
do ambiente escolar. Ele ensina a socialização, através do compartilhamento de
informações, de utilização de materiais e ambientes coletivos, preparando assim
o educando no desenvolvimento social e cultural.
[...]
um espaço criado para favorecer a brincadeira. É um espaço aonde as crianças (e
os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estimulo à manifestação de
suas potencialidades e necessidades lúdicas. (CUNHA, 1994, p. 13) [...] um
espaço criado para favorecer a brincadeira. É um espaço aonde as crianças (e os
adultos) vão para brincar livremente, com todo o estimulo à manifestação de
suas potencialidades e necessidades lúdicas. (CUNHA, 1994, p. 13).
A
ludicidade que a leitura pode oferecer está ligada a inúmeros fatores, dentre
eles podemos citar: a postura do professor diante do livro literário; a
participação ativa do bibliotecário na seleção dos livros para socialização da
leitura; o interesse do próprio leitor-aprendiz (aluno) na busca por novos
conhecimentos e a consciência do direito de ler e não do dever de ler. Ferreira e Dias (2002) entendem que a leitura
é um processo que deve ser ensinado, mas que os agentes devem interagir
reciprocamente para conseguir êxito. O leitor-aprendiz e seu mestre (professor,
bibliotecário, pais ou outro profissional) devem trocar experiências com
objetivo de tornar cada vez mais autônomo o leitor-aprendiz, para então com sua
autonomia construir seu saber.
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