sexta-feira, 12 de março de 2021

A Importância da Biblioteca

A  Importância da Biblioteca
Biblioteca (do grego βιβλιοϑήκη, composto de βιβλίον, "livro", e ϑήκη "depósito"), na definição tradicional do termo, é um espaço físico em que se guardam livros. De maneira mais abrangente, biblioteca é todo espaço (concreto, virtual ou híbrido) destinado a uma coleção de informações de quaisquer tipos, sejam escritas em folhas de papel (monografias, enciclopédias, dicionários, manuais, etc) ou ainda digitalizadas e armazenadas em outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD e bancos de dados. Revistas e jornais também são colecionados e armazenados especialmente em uma hemeroteca.
Na história do mundo ocidental, incluindo a do Brasil, predomina a tradição oral. Reportamo-nos, primeiro, à dificuldade de recurso material para a escrita: o custo elevado do papiro e do pergaminho e, depois, o modo de produção tacanho das tipografias. Segundo, o índice de pessoas alfabetizadas sempre foi baixíssimo.
Podemos exemplificar essa tradição com os discursos de Sócrates, que nunca escreveu seus questionamentos filosóficos e se anunciava em praças públicas, e com os ilustradores do fim do Brasil Colonial, quando discutiam idéias iluministas. Idéias estas que não eram lidas de fato, mas eram propagadas oralmente.
Contudo, a humanidade sempre sentiu necessidade de registrar e preservar seus conhecimentos. Milênios antes da era cristã, os egípcios já produziam documentos escritos, bem como sumérios, assírios e babilônicos também possuíam, em placas de argila, arquivos informativos. A partir desse contexto, conseguimos entender o posicionamento de Martins (2002), quando afirma que a existência de bibliotecas se materializou antes da dos livros e até mesmo dos manuscritos. 
Em relação às bibliotecas, a mais antiga foi de Alexandria, que reunia a maior coleção de manuscritos do mundo antigo, cerca de 500.000 volumes. Ela foi fundada por Ptolomeu I Sóter, rei do Egito, e os eruditos encarregados da biblioteca eram considerados os homens mais capazes de Alexandria na época, como Zenódoto de Éfeso e o poeta Calímaco, que fez o primeiro catálogo geral dos livros.
Segundo a lenda, a biblioteca foi destruída pelo fogo em três ocasiões: em 272 d.C., por ordem do imperador romano Aureliano; em 392, quando o imperador Teodósio I arrasou-a, juntamente com outros edifícios pagãos, e em 640 pelos mulçumanos, sob a chefia do califa Omar I. 
Perto do século I a. C., os romanos mais abastados começaram a criar bibliotecas particulares com obras gregas e latinas. A crescente procura por livros deu origem ao comércio de copistas, ao aparecimento de livrarias e ao estabelecimento de bibliotecas públicas, que surgiram em Roma, próximo ao século II da nossa era.
Durante, os séculos VIII e IX, muitos textos científicos e matemáticos foram copiados e conservados por mulçumanos e cristãos. Valiosa foi a contribuição da Escola de Tradutores de Toledo, criada por Afonso X, o Sábio.

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