quinta-feira, 19 de abril de 2012

Heródoto Historiador grego, considerado o "pai da História"

485 a.C., Halicarnasso, Grécia-420 a.C., Túrio, Itália


Nascido em Halicarnasso, cidade grega da Ásia Menor, Heródoto era filho de uma influente família. Seu pai, Lixes, foi um líder do segmento democrático da sua polis. Seu tio era um renomado poeta épico, Paníasis.

Heródoto foi exilado quando jovem, em razão das disputas políticas que conduziram o grupo antidemocrático ao poder em Halicarnasso.

Iniciou uma longa série de viagens pelo mundo antigo, passando pelas costas do Mar Negro, por Cítia (sul da Rússia), Lídia (Turquia), Egito, Líbia, boa parte da própria Grécia e, talvez, Pérsia e Mesopotâmia. Ao longo de suas viagens, reuniu informações sobre os costumes, mitos e histórias dos diversos povos que conheceu.

Em Atenas, conheceu muitos intelectuais, desenvolvendo uma grande amizade com Sófocles, que fez menção das informações coletadas por Heródoto em suas peças, como "Antígona".

Ainda em Atenas, apresentou o resultado final de suas investigações, que se transformaria em sua célebre obra "Histórias" (publicada em nove livros, entre 430 e 424 a.C.), que tratava, ainda, das guerras entre os gregos e os persas, as Guerras Médicas. Foi por esta obra que o romano Cícero o chamou de o "Pai da História".

Participou da fundação de uma colônia ateniense na Magna Grécia (sul da Itália), chamada Túrio (443 a.C.), onde parece ter vivido o resto de seus dias, tendo retornado algumas vezes a Atenas.

A obra está classificada em nove livros. Os cinco primeiros descrevem o Império Persa, e os demais abordam as guerras. As histórias são narradas na primeira pessoa e intercaladas com diálogos entre os principais personagens.
Obras sobreviventes
Aparentemente, Heródoto escreveu somente dois livros: uma história da Assíria, hoje perdida, e a grande obra de sua vida — Histórias — que chegou até nós praticamente completa.
Em Histórias (-450/-430), o primeiro texto longo em prosa que chegou aos nossos dias, escrito em dialeto iônico, Heródoto relata os conflitos entre gregos e persas desde -550 até as guerras greco-pérsicas, também chamadas de guerras médicas, assim como os seus antecedentes e circunstâncias.
Consta que Heródoto apresentou uma leitura pública de trechos da obra em Atenas, por volta de -445. Alusões à guerra do Peloponeso permitem imaginar que o livro foi terminado pouco antes de sua morte.
Características da obra
Heródoto 1.1
Independentemente do valor histórico, Histórias é uma das obras mais interessantes escritas até hoje. Heródoto não se limitou a compilar, a exemplo de seus antecessores, simples relatos tradicionais e listas genealógicas; ele investigou pessoalmente e até onde lhe foi possível os acontecimentos que o interessavam. Observe-se o uso que faz da palavra "investigações" (gr. ἱστορίαι) no prólogo do livro, na epígrafe supra.
Embora tenha recorrido também a fontes escritas, como por exemplo o livro de Hecateu de Mileto (-550/-475) e os arquivos oficiais de algumas cidades gregas, Heródoto utilizou principalmente tradições orais e relatos de pessoas que testemunharam ou conheceram as testemunhas dos acontecimentos.
Os fatos são apresentados com racionalidade, ainda que de forma um tanto parcial. Dotado de curiosidade, capacidade de observação e espírito crítico, Heródoto escolhia sempre a menos fantasiosa das versões; os relatos fabulosos são contados, mas com ceticismo, e com frequência ele enfatizava que não lhes dava crédito. Além disso, em várias ocasiões, diz sinceramente que não é capaz de explicar este ou aquele fato, ou então que nada pôde descobrir a respeito.
Em outros aspectos, Heródoto acompanhava as crenças de sua época, como por exemplo quando atribuía importância aos oráculos, prodígios e outras evidências da intervenção direta dos deuses na vida humana.

Grecia Antiga/Monografia nº 0345. Criação: 30/10/2000.


Fonte:

Educação/UOL

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