sexta-feira, 22 de junho de 2012

BIBLIOTECA CASSIANO RICARDO-ZONA LESTE



Cassiano Ricardo Leite nasceu em 26 de julho de 1895, em São José dos Campos, São Paulo. Aos 16 anos publicou seu primeiro livro de poesias, Dentro da noite. Mudou-se para a capital para cursar a faculdade de Direito, mas concluiu o curso no Rio de Janeiro. Voltou para São Paulo, onde se engajou no movimento de reforma literária iniciado na Semana de Arte Moderna de 1922, do qual foi um dos líderes. Participou dos grupos Verde e Amarelo e Anta, com Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, entre outros.

Na década de 30, junto com Menotti del Picchia e Cândido Mota Filho, fundou o movimento político Bandeira, em oposição ao Integralismo.

Como jornalista e redator, trabalhou nos jornais Correio Paulistano, A Manhã e fundou as revistas Novíssima, dedicada ao movimento modernista, Planalto e Invenção. Sua poesia era caracterizada por um lirismo sentimental de cunho nacionalista, mas suas obras pós-anos 40 adotaram uma postura lírica, introspectiva e filosófica. Além de jornalista e poeta, foi um grande ensaísta. Publicou obras sobre os movimentos dos bandeirantes, sobre diversos autores e também sobre a própria literatura.

Cassiano Ricardo pertenceu ao Conselho Federal de Cultura, à Academia Paulista de Letras e à Academia Brasileira de Letras. Recebeu diversos prêmios por sua produção literária. Faleceu em 14 de janeiro de 1974.
Dentre suas obras de maior destaque, estão: A flauta de Pã, Vamos caçar papagaios, Martim Cererê, Um dia depois do outro, O arranha-céu de vidro, Poesias completas.
Com acervo predominantemente para adultos, a primeira biblioteca do Tatuapé foi inaugurada em 9 de julho de 1952, porém seu funcionamento efetivo se deu  a partir de 3 de fevereiro de 1953. Em homenagem ao poeta paulista, passou a denominar-se Biblioteca Pública Cassiano Ricardo em 21 de maio de 1976.
Desde 1998 a biblioteca manteve o Núcleo Braile, com acervo especial fornecido pela Fundação Dorina Nowill em convênio com a Secretaria Municipal de Cultura. Em 2005 o Núcleo foi transferido para a
Biblioteca Padre José de Anchieta.

O prédio já passou por duas reformas, sendo a primeira em 1992 e a segunda em 2002, com a ajuda da Sociedade Amigos da Biblioteca Cassiano Ricardo – Sabcard. Em 2007 entrou novamente em reforma, quando ganhou  um espaço dedicado à música, que recebeu o nome de Espaço Itamar Assumpção em homenagem ao compositor e músico, expoente da Vanguarda Paulistana, morto em 2003. A partir de 10 de novembro de 2007, passou a ser biblioteca temática de Música. A ambientação, criada pelo escritório Rossi Barbosa Arquitetos Associados, trabalha no interior do prédio e na sinalização visual elementos ligados ao universo da música popular e erudita e ao patrono do espaço.


Além da consulta e empréstimo de livros do acervo, os usuários têm à sua disposição material de música (livros, CDs,...), bem como uma programação cultural voltada ao tema, que busca a ampliação de públicos, mediante a qualificação das ações culturais e a valorização e extroversão dos acervos, caso do Sarau do Ricardo ao Itamar, que, a cada mês, brinda o público com poemas, crônicas e canções especialmente selecionadas.
Para saber mais, acesse a
Programação Cultural.  A biblioteca conta, ainda, com oficinas de música e laboratório de línguas.

Inauguração: 9 de julho de 1952
Denominação: Decreto nº 12.979 de 21 de maio de 1976


ACERVOS DE MÚSICA


Com a implantação da temática em música a biblioteca adquiriu 500 novos títulos sobre o tema. O acervo foi selecionado seguindo a orientação do curador do núcleo, o compositor e professor universitário Walter Garcia.
O acervo foi planejado com o intuito de atender aos vários interesses que se ligam à música, contemplados a partir de dois eixos pelos quais a música realiza-se no nosso dia-a-dia. De um lado, coloca-se o ensino musical, a prática (profissional ou amadora) e a pesquisa (acadêmica ou mesmo diletante). De outro, as três formas diversas por meio das quais as músicas se produzem e são ouvidas: a canção e a música popular-comercial, a canção e a música popular de tradição oral e a música de tradição erudita.

Dessa forma o acervo contempla:

  • Livros e revistas acadêmicas e comerciais com ensaios importantes sobre estética musical, canção popular-comercial brasileira, música erudita e música popular de tradição oral;
  • Crônicas e biografias (pesquisas históricas, sociológicas ou jornalísticas);
  • Análises e interpretações;
  • Produções dos cancionistas (incluindo obras literárias, ensaios, etc., todas fundamentais para o estudo dos artistas);
  • Livros de partituras e Songbooks;
  • História, biografias e análises de música de tradição erudita (brasileira ou não);
  • Canção e música popular-comercial de outros países;
  • Teoria e prática musical;
  • Composições para teatro e cinema;
  • Dicionários e enciclopédias;
  • Crítica e teoria estética;
  • História e sociedade brasileira.

Acervo Sonoro de Música

São quase 30 mil fonogramas gravados entre o começo do século 20 e meados dos anos 1960. É uma amostra significativa do período que, além de chamado “época de ouro”, tem como diferencial as gravadoras brasileiras das décadas de 1950 e 1960 (Mocambo, Todamérica, Elite Especial, Star, Sinter, etc...) que abrangem a fase embrionária do Rock no Brasil pré jovem Guarda e Bossa Nova. Essas obras são uma cópia em CD do acervo de música brasileira gravada em discos de 78 rotações da Discoteca Oneyda Alvarenga do Centro Cultural São Paulo. Entre as raridades do acervo estão composições de Pixinguinha e canções do início das carreiras de Elis Regina e Roberto Carlos.
Há ainda uma pequena coleção de CDs e DVDs mais contemporâneos para consulta local. Não é permitido empréstimo e reprodução do acervo sonoro.

Pesquise no
catálogo online do Sistema Municipal de Bibliotecas A maior parte das obras pode ser emprestada ao usuário inscrito na biblioteca.Veja aqui os serviços e como se inscrever para emprestar publicações.

Veja também nosso Acervo Geral e de Idiomas



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