A organização de arquivos
pressupõe o desenvolvimento dos trabalhos em várias fases:
Levantamento de dados ou
diagnósticos; Análise dos dados coletados ou Relatório do Diagnóstico; Planejamento
ou Estudos para composição do Plano de Arquivo; Implantação Acompanhamento e verificação.
Deve ter início pelo estudo e
entendimento da própria organização, com a verificação e análise do estatuto,
regimento, normas, organograma e demais documentos constitutivos; Analisa-se:
Gênero dos documentos (escritos, textuais, cartográficos, iconográficos,
informáticos, etc.); Espécies documentais (cartas, faturas, relatórios,
projetos, etc.);Modelos e formulários em uso; Volume e estado de conservação do
acervo; Arranjo e classificação dos documentos (método de arquivamento usado);
Registros e protocolos (saída e entrada de documentos em fichas, livros,
automático, etc.); Reprodução de documentos e processo de conservação;
Procedimentos, normas, códigos de classificação, etc.; Estatísticas de uso.
Essas informações devem ser acrescidas de dados referentes: Recursos humanos
lotados no arquivo (número de pessoas, salários, escolaridade,
etc.);Equipamentos de armazenamento e de informática (quantidade, modelos
conservação, etc.); Localização física (área ocupada, iluminação, instalações,
acesso, etc.); Comunicação (telefones, fax, etc.). Diagnóstico, tem por
objetivo analisar a real situação do arquivo e seus serviços e formular ou
propor alterações e/ou complementação de medidas mais adequadas para o bom
funcionamento do arquivo. Trata-se da formulação de um Plano Arquivística que
contemple tanto as exigências explicitadas nos dispositivos legais obrigatórios
às instituições, como o atendimento às necessidades administrativas e
funcionais, considerando o arquivo em todas as suas idades (corrente intermediário
e inativo). Para a elaboração do Plano, devem ser considerados: Posição do
arquivo na estrutura da Instituição: recomenda-se que esteja subordinado a um
departamento ou órgão elevado dentro da hierarquia institucional. Caso a
instituição tenha no seu organograma um Setor de Documentação, esse é o órgão
mais adequado, haja visto, que é uma tendência na moderna administração, reunir
os órgãos que tenham como matéria-prima, a informação. Centralização ou
descentralização e coordenação dos serviços de arquivo: é importante esclarecer
de imediato que a descentralização se aplica apenas à fase Corrente dos
arquivos. As fases, intermediária e inativo/permanente, devem ser
centralizadas. Esses podem estar armazenados separadamente em salas ou
depósitos diferentes dentro da instituição. Escolha de métodos de arquivamento:
Dificilmente se emprega um único método de arquivamento, pois os documentos
possuem funções dentro da instituição e para sua recuperação, ela é
considerada, bem como, os seus atributos (assunto, tipologia, data, local,
números e registros diversos). A análise cuidadosa das atividades da
instituição, aliada à observação dos pedidos de documentos (como e de que
forma), é possível definir o método principal e seus auxiliares. Recursos Humanos:
O arquivamento de documentos parece ser um trabalho simples, cuja simplicidade
desaparece, diante do volume e da diversidade de assuntos e espécies. Para que
o arquivo corresponda ao seu valor, como fonte e base de informações, memória
viva da instituição, é imprescindível que conte com pessoal especializado ou
devidamente treinado nas técnicas de arquivo, para o desempenho das atividades.
Araújo, Ignez B.C. “Em questão de arquivo, a experiência não substitui a
instrução, pois dez anos de prática podem significar dez anos de arquivamento
errado e inútil”. O valor e a importância dos arquivos oficiais e empresariais
para a administração e para o conhecimento, passou a ser uma preocupação para o
governo. Em 1972, o Conselho Federal de Educação aprovou a criação do Curso
Superior de Arquivos e o currículo do Curso de Arquivística como habilitação
profissional no ensino de 2º Grau.
Em 1974, foi instituído o Curso
Superior de Arqueologia. Em 1978, foi sancionada a Lei nº 6.546, regulamentada
pelo Decreto nº 82.590, que dispõe sobre a as profissões de arquivista e
técnico de arquivo. Instalações e Equipamentos: A escolha dos equipamentos,
assim como o local, em condições adequadas (limpeza, iluminação, temperatura) e
área, para armazenar o acervo, merecem atenção. Equipamento é o conjunto de
materiais de consumo e permanente indispensáveis para o arquivamento. Materiais de consumo: São fichas, guias,
pastas, tiras de inserção, etc. Material permanente: é aquele que tem grande
duração e pode ser utilizado várias vezes. É preciso considerar: a economia de
espaço; arrumação racional; capacidade de expansão; segurança; estética,
resistência.
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