O planejamento estratégico surgiu com a necessidade das organizações de se
adaptarem às constantes mudanças do ambiente, proporcionando além da
sobrevivência, o seu desenvolvimento integrado ao contexto onde atuam.”
A abordagem estratégica vem adquirindo força no meio empresarial
especialmente porque chama a atenção do gerente para a exploração
detalhada do ambiente e para a importância do raciocínio intuitivo além do
quantitativo.
Entende-se por planejamento estratégico o processo utilizado para o
estabelecimento de objetivos alinhados com as políticas, metas e princípios,
bem como, os fatores de relevância ao meio-ambiente organizacional levandose
em conta o meio externo.
Podemos considerar o Planejamento Estratégico como a utilização eficaz dos
meios disponíveis na organização para exploração de condições favoráveis
existentes no meio ambiente externo e interno.
De acordo com Oliveira trata-se de “um conjunto de providências a serem
tomadas pelo administrador para a situação em que o futuro tende a ser
diferente do passado.”
O Planejamento estratégico pressupõe que as organizações desejem se
desenvolver-se positivamente para o futuro, implicando portanto no
conhecimento de sua área de eficácia e eficiência, bem como dos limites da
organização e das variáveis que compõe o ambiente externo, relacionado à
comunidade, às tecnologias e ao valores do qual a Unidade de Informação está
inserida.
Carr define a estratégia como sendo a direção em que a organização irá
perseguir para efetivar a sua participação no ambiente e Planejamento
Estratégico como sendo preliminarmente interessado nas relações entre a
organização e o meio ambiente, e as implicações com os procedimentos
operacionais.”
Meyer entende o planejamento estratégico como uma metodologia gerencial
que objetiva proporcionar aos tomadores de decisão uma estrutura que
permita o exame do ambiente onde atua a organização.
O planejamento estratégico, enquanto metodologia de pensamento
participativo, inicia-se com a alta administração e gerentes de setores,
estendendo-se posteriormente a todas as áreas da organização.
É essencial a completa interação das pessoas envolvidas no processo de
formulação e implementação do mesmo. É importante também levar-se em
conta a cultura da organização, entendendo-se aqui por cultura aqueles
valores, crenças básicas, hábitos e padrões de comportamento que são aceitos
e compartilhados pelos membros da organização.
As ações da alta administração influenciam de maneira decisiva a cultura
organizacional, como também as ideias norteadoras dos seus fundadores, a
história da organização, os canais de comunicação e informação que utilizam
etc.
A congruência do comportamento (que está presente nas organizações com
cultura forte) é uma vantagem quando a organização situa-se em ambiente
estável, mas pode se constituir um sério obstáculo quando ela tem que
enfrentar mudanças ambientais. Dessa forma, o processo de Planejamento
Estratégico deve considerar a cultura organizacional.
Para Walters (1993) as principais perguntas que deverão ser respondidas no
processo de planejamento estratégico são:
- Quem é a unidade de informação?
- Para onde a unidade de informação deseja ir?
- O que a unidade de informação quer ser e por que?
- O que a unidade de informação está fazendo para chegar lá?
Ackoff apontas as seguintes características do Planejamento Estratégico:
- enfocar, a partir do relacionamento da organização, a missão em concordância com o
meio no qual está inserida;
- estabelecer decisões e implicações a longo prazo;
- necessita do envolvimento de todos os dirigentes da organização;
- ter impacto sobre toda a organização;
- preocupar-se com a definição dos fins organizacionais, bem como os meios para
atingi-los, com a forma de execução e controle, a ponto de poder implicar na
redefinição e/ou estrutura da própria organização
Trewata e Newport resumem as vantagens do Planejamento Estratégico em
dois pontos:
- a eficácia dos planos em função do envolvimento dos dirigentes;
- motivação causada por este envolvimento;
Para Richers alguns fatores influenciam no Planejamento estratégico que
aplicado a unidades de informação implicam em:
- tamanho: pequenas unidades de informação têm Planejamento Estratégico
restrito, devido à falta de recursos e de pessoal especializado. Além disso, e
sobretudo, a estrutura formal da ação organizacional diminui a flexibilidade,
imprescindível a sua própria exisetencia. Em grandes organizações, a ordem
imposta pelo Planejamento Estratégico é essencial para evitar conflitos e
desperdícios e as unidades de informação deve se adaptar e participar dessas
ações.
- Estrutura da unidade de informação: dependendo da forma como as decisões
são tomadas, centralizadas ou descentralizadas, as unidades de informação
necessitam menos de objetivos formalmente explícitos concentrando as
decisões na mão de uma minoria
- “Maturidade” da unidade de informação : entendia como o grau de
experiência que a direção possui com o planejamento a longo prazo. Tal
experiência é atrelada a cultura organizacional dentro da qual os objetivos são
empregados como ferramental.
A utilização do Planejamento estratégico pressupõe a adoção de pontos que
direcionem as atitudes que a unidade de informação seguirá e, uma vez
efetivadas, seu objetivo é acentuar sua participação no meio ambiente onde
atua considerando as variações deste ambiente.
Tais conjuntos de atitudes são denominados de macroestratégias que
significam pela qual a unidade de informação aprende o conjunto de recursos
que tem em seu poder para modificar ou estabilizar sua situação frente as
tendências de seu macroambiente.
As estratégias poderão variar de acordo com o ambiente, a forma de atuação,
a cultura, os interesses e os valores da unidade de informação.
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