quinta-feira, 8 de março de 2012

Associação Brasileira de Antropologia

 
Histórico
 
A Associação Brasileira de Antropologia é a mais antiga das associações científicas existentes no país na área das ciências sociais, ocupando hoje um papel de destaque na condução de questões relacionadas às políticas públicas referentes à educação, à ação social e à defesa dos direitos humanos. No decorrer de sua história, ela tem sido voz atuante em defesa das minorias étnicas, dos discriminados e posicionando-se consistentemente contra a injustiça social. Sem ter uma linha político-partidária, sua voz inquieta a todos os que não respeitam os direitos humanos. Seu código de ética exige respeito às populações estudadas e obriga o pesquisador a deixar claros seus objetivos para os grupos e populações que sejam objeto de suas análises.
Em 2003, comemoramos os 50 anos da 1a Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), realizada no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Embora a ABA só tenha sido fundada por ocasião da 2ª RBA, em Salvador, em julho de 1955, uma reunião brasileira de Antropologia já estava sendo planejada desde o início do ano de 1948, quando o Ministro da Educação e Saúde designou, por meio de portaria datada de 20 de fevereiro daquele ano, uma comissão integrada por Álvaro Fróes da Fonseca, Edgard Roquette Pinto, Arthur Ramos e Heloisa Alberto Torres, para planejar o "Primeiro Congresso Brasileiro de Antropologia".
A realização das reuniões sofreu solução de continuidade durante o período militar (1964-1985). A 6ª RBA estava programada para ocorrer em 1965, em Brasília, sob a presidência de Eduardo Galvão. No entanto, o golpe militar de 1964 frustrou essa expectativa. A 7ª RBA só foi realizada em 1966, em Belém, sob o guarda-chuva da Reunião Internacional sobre a Biota Amazônica. Neste encontro, apesar do reduzido número de antropólogos que conseguiram ir à Belém, foi possível eleger uma nova diretoria. Em 1971, a ABA reuniu-se no I Encontro Internacional de Estudos Brasileiros, realizado na USP. Durante a Assembléia, verificou-se a impossibilidade da eleição de uma nova diretoria, por falta de quorum. Após oito anos sem eleições as reuniões foram retomadas. Em 1974, realizou-se em Santa Catarina, a 9ª RBA, graças aos esforços de Manuel Diegues Jr., presidente eleito em 1966, e de Silvio Coelho dos Santos. O sucesso desta reunião, que reuniu cerca de 400 participantes (um número muito superior ao esperado pelos organizadores), fez com que fosse considerada como um verdadeiro momento de ressurreição da ABA. Pela primeira vez a reunião contou com a participação de um considerável número de jovens, egressos dos recém criados cursos de pós-graduação em Antropologia. A partir de 1974, as reuniões passam a ocorrer bianualmente, sempre nos anos pares.

O quadro abaixo registra todas as Reuniões Brasileiras de Antropologia – com o local e a data de sua realização - e as diretorias da ABA eleitas na ocasião - seus presidentes, vice-presidentes, secretários gerais e tesoureiros - com os respectivos períodos para os quais foram eleitos, desde a fundação até os dias atuais. O cargo de vice-presidente só veio a existir em 1996, em decorrência da uma mudança de Estatuto realizada naquele ano.

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