Nesse artigo tenho a intenção de desenvolver mais conceitualmente a idéia de um Budismo étnico através das categorias de grupo étnico e identidade, citando os elementos históricos que justifiquem o conceito no caso dos nikkeis (descendentes de japoneses) no Brasil. Meu objetivo é com isso continuar uma tipologia que foi defendida em um artigo anterior, na qual foi proposta uma divisão entre um Budismo intelectualizado e um Budismo de resultados, desenvolvida no caso dos convertidos . No caso do Brasil constata-se que o
Budismo dos imigrantes, especialmente o japonês, vem se deparando a anos com o dilema de abertura ou extinção, com a progressiva integração cultural dos descendentes e o desaparecimento das primeiras gerações de imigrantes. Essa situação vem se desenvolvendo em quase todos os templos que não têm tido como prioridade uma abertura aos brasileiros. No entanto, ainda existe uma persistência da identidade étnica através das gerações, que tem se tornado essencial na estratégia de sobrevivência social de muitos templos, na qual as adaptações têm se realizado priorizando os descendentes. Essa
estratäegia supõe que uma religiosidade étnica pode ser simultânea a uma adaptação inguística e cultural, o que pode ser explicado utilizando um conceito de etnicidade independente da preservação cultural e centrado na dinamicidade da interação social, a partir do foi proposto pelo antropólogo Fredrik Barth.
Budismo dos imigrantes, especialmente o japonês, vem se deparando a anos com o dilema de abertura ou extinção, com a progressiva integração cultural dos descendentes e o desaparecimento das primeiras gerações de imigrantes. Essa situação vem se desenvolvendo em quase todos os templos que não têm tido como prioridade uma abertura aos brasileiros. No entanto, ainda existe uma persistência da identidade étnica através das gerações, que tem se tornado essencial na estratégia de sobrevivência social de muitos templos, na qual as adaptações têm se realizado priorizando os descendentes. Essa
estratäegia supõe que uma religiosidade étnica pode ser simultânea a uma adaptação inguística e cultural, o que pode ser explicado utilizando um conceito de etnicidade independente da preservação cultural e centrado na dinamicidade da interação social, a partir do foi proposto pelo antropólogo Fredrik Barth.
Fonte:
Rafael Shoji raffas@attglobal.net
Revista de Estudos da Religião Nº 4 / 2002 / pp. 47-80
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