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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Escritora Doris Lessing, morreu aos 94 anos


Doris Lessing: ganhadora do Nobel de literatura escreveu sobre justiça social e até ficção científica.

Em sua obra a autora tratou de temas diferentes que iam desde justiça social, passando pelo feminismo e até ficção científica.Notícias relacionadasCanadense Alice Munro ganha prêmio Nobel de Literatura
Ian McEwan: 'Faria um dos meus personagens se perder em São Paulo'Stephen King diz estar nervoso com continuação de 'O Iluminado' Tópicos relacionados Cultura.
Polêmica, Lessing atraiu a fúria de muitos americanos ao sugerir que os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 não foram tão terríveis quando comparados à campanha do IRA (Exército Republicano Irlandês) na Grã-Bretanha.
As declarações foram típicas da escritora que nunca evitou controvérsia.
Doris May Tayler nasceu em Kermanshah, na Pérsia, (atualmente, oeste do Irã) onde o pai, britânico, era caixa no Imperial Bank of Persia.
Em 1925 eles se mudaram para a Rodésia do Sul (Zimbábue), para gerenciar uma fazenda, um negócio que não deu certo para a família.
A infância da escritora foi dominada pela mãe, determinada a fazer com que a filha obedecesse as regras da época. Mas, junto com o irmão, Lessing escapava para a florestas e savanas.
Os pais chegaram a enviar a autora para uma escola de meninas em Salibury (que hoje é Harare), mas ela saiu de lá aos 13 anos, encerrando sua educação formal, e começou a alimentar a imaginação com os livros que chegavam sob encomenda da Inglaterra.
Nesta época, Lessing começou a ler autores como Dickens e Kipling, além de inventar histórias para o irmão.
Lessing chegou a comentar que infâncias infelizes parecem produzir bons escritores de ficção.
"Claro, eu não estava pensando em termos de ser uma escritora. Apenas pensava em como escapar, o tempo todo", disse.
A autora também foi influenciada pelas memórias do pai, que lutou na Primeira Guerra Mundial e voltou mutilado.
"Todos nós fomos feitos pela guerra, retorcidos e deformados pela guerra, mas parece que nos esquecemos disso", escreveu.
Comunismo e feminismo
A escritora saiu de casa aos 15 anos e teve vários empregos, enquando aprofundava suas leituras sobre política e sociologia. Em 1937, morando em Salisbury, ela se casou com Frank Wisdom, com quem teve dois filhos.
O casamento não deu certo e ela deixou a família.
Ainda em Salisbury, ela se envolveu com um grupo literário comunista. Um dos membros era Gottfried Lessing, um judeu exilado, com quem ela se casou. Porém, este casamento também não durou.
Decepcionada com o comunismo e com a África, ela se mudou para Londres e publicou em 1949 seu primeiro livro, A Erva Canta (The Grass is Singing).
O livro sobre o caso entre a esposa de um fazendeiro branco e um empregado africano se transformou em best-seller e revolucionou a forma de mostrar um relacionamento entre raças diferentes.
Mas, o livro mais famoso de Lessing é O Carnê Dourado, de 1962, uma história muitas camadas sobre as diferentes áreas da personalidade feminina.
Este livro transformou Lessing em um ícone do crescente movimento feminista, algo que ela rejeitou.
"O que elas realmente queriam que eu dissesse é 'ah, irmãs, estou ao seu lado em sua luta pela aurora dourada quando todos aqueles homens bestiais não existirem mais'. Elas realmente querem que as pessoas façam declarações simplificadas demais sobre homens e mulheres?", questionou a autora.
Ficção científica
No final dos anos 1970, Lessing lança a série de livros Canopus in Argos, de ficção científica, em que retrata um futuro sombrio, marcado pela tirania e catástrofes naturais.
Mais recentemente, a autora lançou livros como A Boa Terrorista, em 1985, uma sátira à política, e O Quinto Filho, em 1988, um relato do sofrimento de uma família com um filho violento e antissocial.
Lessing disse que a inspiração para o livro veio em parte da experiência dela, que teve um filho aos 19 anos, e da mulher na cama ao lado naquela ocasião, que já tinha duas meninas e que estava rejeitando o filho que tinha tido.
Em outubro de 2007 ela se transformou na escritora mais velha a receber o prêmio Nobel de literatura.
Lessing dizia que havia algo "abrasivo" nela, que irritava as pessoas. Mas, como escritora, ela não poderia se importar com o que os outros pensam.
"Somos livres... Posso falar o que penso. Temos sorte, somos privilegiados, então por que não usar isto?"

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131117_doris_lessing_analise_fn.shtml

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Escritores brasileiros do Barroco


Padre Antônio Vieira (1608 – 1697)


Antonio Vieira nasceu em Lisboa, no ano de 1608, e veio ao Brasil aos seis anos de idade juntamente com sua família, que se fixou na cidade de Salvador. Anos mais tarde, matricula-se no Colégio dos Jesuítas onde estuda principalmente retórica, filosofia, matemática e teologia. Ingressa na Companhia de Jesus em 1623 e, após lecionar retórica, ordena-se sacerdote no ano de 1634 e prossegue pregando sermões nas igrejas de Salvador.
Defensor dos direitos humanos, dos indígenas, dos judeus, dos cristãos-novos e da abolição da escravatura, Padre Antonio Vieira, além disso, criticou severamente alguns aspectos da Igreja e da Inquisição. Em um de seus sermões mais famosos, o da Sexagésima, o padre, munido de metáforas, traz a ideia contida na Parábola do Semeador para reforçar a premissa de que um dos problemas da Igreja está naqueles sacerdotes que não se esforçam em disseminar a palavra de Deus. 
Volta para Portugal no ano de 1641 como diplomata após a Restauração da Coroa contra a Espanha. Volta para o Brasil e instala-se no Maranhão. Lá, desentende-se com os senhores de escravos, pois era de opinião contrária à escravidão indígena, e decide voltar para Lisboa. Em Portugal, defende os judeus, o que lhe rendeu dois anos de prisão pela Inquisição em Coimbra. Após ser anistiado, vai a Roma, onde consegue influência junto ao alto escalão da Igreja Católica.
Regressa ao Brasil em 1681 decidido a organizar a publicação de seus sermões, em 16 volumes, e permanece em Salvador até falecer em 1697.

Obras
Considerado um mestre na retórica e oratória, Vieira é conhecido pelos seus sermões, pelas cartas e por um livro de profecias não concluído. Sua obra continua sendo estudada nos dias de hoje não apenas no Brasil, pois Padre Antonio Vieria é um importante autor para as letras de língua portuguesa. 
Antonio Vieira escreveu cerca de duzentos sermões durante toda sua vida. Dentre eles, os mais famosos são: da Sexagésima, da Quinta Dominga da Quaresma, de São Pedro, pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Conta as de Holanda, do Bom Ladrão, de Santo Antônio aos Peixes, dentre muitos outros. São escritos em estilo conceptista, utiliza-se da retórica para trabalhar suas ideias e conceitos.
Conhecido também pela sua vasta troca de correspondência, que somam mais de quinhentas cartas sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, sobre a Inquisição e a situação da Colônia.Em suas profecias, percebe-se o Sebastianismo, que é a crença no retorno de D. Sebastião a Portugal para transformá-la novamente em uma grande potência.


Gregório de Matos (1636 – 1696)


Poeta do movimento barroco brasileiro, Gregório de Matos Guerra nasceu no dia 23 de dezembro de 1636 em Salvador. Filho de pais abastados, seguiu a carreira jurídica e aos 19 anos foi a Portugal, com o intuito de cursar Direito na faculdade de Coimbra, onde trabalhou como juiz de fora na cidade de Alcácer do Sal (na região do Alentejo). Ainda em Portugal, é nomeado representante da Bahia nas cortes de Lisboa e, em 1672, torna-se procurador. Em 1679 é nomeado Desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia pelo então arcebispo Gaspar Barata de Mendonça e, em 1682 é nomeado tesoureiro-mor da Sé pelo rei D. Pedro II de Portugal. Retorna ao Brasil em 1683, mas é destituído de suas funções por desacatar ordens da instituição religiosa, como a de não utilizar o vestuário exigido para seu cargo e, em 1685 é denunciado sob a acusação de que seus costumes e suas opiniões críticas não condiziam com esperado de alguém que exerce funções dentro de uma instituição sagrada. Nesse mesmo período, nutre inimizade tanto com pessoas influentes quanto com pessoas mais simples da sociedade baiana, o que acaba por gerar muitos dos seus poemas satíricos e eróticos, principalmente os de cunho religioso.
Devido a sua postura crítica, provoca a ira de um parente do governador-geral e é deportado para Angola em 1694. Lá chegando, auxilia a conter uma revolta militar local, recebendo como prêmio a possibilidade de retornar ao Brasil. Porém, na impossibilidade de retornar à Salvador, decide se instalar em Recife, onde permanece até falecer em 1696.

Obras
É considerado o primeiro poeta genuinamente brasileiro pois, anteriormente, os que escreviam na e sobre a colônia eram em sua maioria viajantes europeus ou jesuítas vindos principalmente de Portugal (Companhia de Jesus). Além disso, é responsável por uma vasta obra poética que começou a ser organizada e publicada nas primeiras décadas do século XIX.
Gregório de Matos é autor de poesias satíricas sobre autoridades civis e religiosas e ridicularizando costumes da cidade que lhe desagradavam, sua língua afiada e a mordacidade de seus versos lhe renderam o apelido de “Boca do Inferno”. Sua obra está dividida em três grandes temáticas: satírica (também conhecida por ser erótica e pornográfica), religiosa e amorosa as quais abarcam tanto o estilo cultista (valorização da forma) quanto o conceptista (valorização do conteúdo).
Embora Gregório de Matos exercesse fascínio por muitos estudiosos e críticos literários, sua obra só se tornou acessível ao público quando, entre os anos de 1923 e 1933, a Academia Brasileira de Letras publicou uma coletânea em seis volumes com toda a sua obra. Antes disso, a impressão de material na colônia sem autorização da corte era proibida e seu material era publicado em manuscritos e divulgado de mão em mão. Só mais adiante sua obra foi transformada em códices, o que permitiu que numerosos jornalistas e estudiosos das letras brasileiras se debruçassem sobre seus poemas e publicassem poemas e fragmentos em periódicos e antologias. O mais conhecido desse é o Florilégio da Poesia Brasileira (1850), uma compilação de 39 poemas de autoria do historiador Francisco Adolfo de Varnhagen e publicado em Lisboa.


Manuel Botelho de Oliveira (1636 - 1711)

Cursa  Direito na Universidade de Coimbra (Portugal). De volta ao Brasil, passa a exercer a advocacia; também atua como vereador da Câmara de Salvador BA. Em 1694 torna-se capitão-mor dos distritos de Papagaio, Rio do Peixe e Gameleira, cargo obtido em função de empréstimo de 22 mil cruzados para a criação da Casa da Moeda na Bahia. Em 1705 ocorre em Lisboa (Portugal) a publicação de seu Música do Parnasso, o primeiro livro impresso de autor nascido no Brasil. Poeta barroco, Manuel Botelho de Oliveira convive com Gregório de Matos (1636 - 1696) e versa sobre os temas correntes da poesia de seu tempo. No entanto, segundo o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919 - 1992), "uma das composições da Música do Parnasso tem caráter diferente das demais: é a silva 'À Ilha da Maré', gabada por seu nativismo, ou seja, pela exaltação dos frutos e legumes, que são colocados pelo poeta muito acima dos de Portugal. É composição por vezes sem grande tacto, mas deu origem a uma fila de trabalhos ufanistas, de Santa Maria Itaparica a Santa Rita Durão".

Frei Manuel de Santa Maria Itaparica (1704 - 1768)


Faz estudos no Convento de Paraguaçu, da Ordem Seráfico de São Francisco, entre 1710 e 1720 em
Salvador BA. A partir de 1920, torna-se professor da Ordem. Em 1753 são publicados seus Poemas Avulsos  e, em 1769, a obra Eustáquidos, pela qual se torna mais conhecido. Poeta barroco, Manuel de Santa Maria Itaparica contribui, segundo o crítico José Aderaldo Castello, "para o revigoramento da preferência em nossas manifestações literárias da poesia de inspiração e assunto religioso, na qual também é frequente a expressão do sentimento nativista, desde que houvesse possibilidades de referências ou de exaltação da terra".


Nuno Marques Pereira (1652 - 1731)

Nasceu na cidade de Cairú (BA) em 1652 e faleceu na cidade portuguesa de Lisboa no dia 09 de dezembro de 1728. Foi autor de uma das obras mais curiosas do barroco português, Compêndio Narrativo do Peregrino da América, publicado inicialmente em 1728. Muitos autores divergem quanto ao local de nascimento de Nuno Marques Pereira: alguns afirmam que ele é brasileiro; outros, que é português. Diogo Barbosa Machado, na Biblioteca Lusitana, diz que Nuno era “natural da Villa de Cairú, distante quatorze léguas da Cidade da Bahia de Todos os Santos, Capital da América Portuguesa”. Porém, ele dificilmente poderia ter adquirido sua grande erudição no Brasil — caso tenha nascido no País, certamente estudou em Portugal. A hipótese de que ele seria português ganha força ao se considerar que o autor faz crer que seja estrangeiro não só por se qualificar como Peregrino, título de seu livro, como por afirmar: “Não merece pouca estimação, o que, desprezando os mimos e regalos de sua Pátria, busca as alheias, para nelas se qualificar com mais largas experiências”.

Sebastião da Rocha Pita (1660 - 1738)

Nascido no ano de 1660 na Bahia, hoje cidade de Salvador, Sebastião da Rocha Pita foi um importante historiador e poeta do século XVII. É autor de, dentre outras, uma importante obra intitulada História da América Portuguesa (1730), produzida em um período em que a capacidade de contar a História de Portugal e do império luso-brasileiro compunham um quadro de preocupações centrais de um reino atribulado em legitimar-se frente a outras nações - onde o domínio da história e sua forma de escrita como iniciativa institucional congregaria em si essa função. Como um historiador de prestígio, compunha a ordem de letrados na Academia Real de História Portuguesa (1720-1736), ocupando o cargo de acadêmico supranumerário. No cenário brasileiro, foi membro e um dos fundadores da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724) participando ativamente como poeta e historiador nas atividades realizadas nessa congregação, que pode ser concebida como um local privilegiado para se pensar e formular a história da América Portuguesa, em um período no qual “ o movimento academicista ajudou a desencadear uma nova percepção sobre o estatuto político do território colonial, estimulando assim, a reflexão sobre a natureza dos laços que prendiam a América ao Reino: amarras simultaneamente jurídicas, familiares, lingüísticas, econômicas e culturais."1 Formado na Escola de Jesuítas da Bahia e mestre em Artes, o nome de Rocha Pita figura na lista2 de nomes de brasileiros formados na Universidade de Coimbra elaborada por Francisco Morais, tendo ido aos 16 anos. A formação em Portugal era um costume daqueles que tinham um prestígio social na ´colônia e que compunham assim, o quadro de letrados brasileiros. Ostentou ainda o título de coronel do regimento privilegiado de ordenanças, foi fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de Cristo e vereador em Salvador. Pai de três filhos, com Ana Cavalcanti, morre em 1738, na cidade de Cachoeira, onde desde o casamento fixou residência.

Frei Vicente do Salvador (1564 - 1636/1639)

nasce em Matuim, nas proximidades de Salvador. Estuda no Colégio dos Jesuítas na Bahia e diploma-se em teologia pela Universidade de Coimbra, Portugal. Ordena-se ao regressar ao Brasil, por volta de 1587. Exerce os cargos de cônego, vigário-geral e governador do bispado da Bahia, tornando-se depois franciscano. Entre 1603 e 1606 é missionário de uma missão na Paraíba. Viaja para o Rio de Janeiro, em 1607, e participa da fundação do Convento de Santo Antônio. Regressa a Salvador em 1624. Aprisionado na Baía de Todos os Santos pela esquadra holandesa, é logo liberado. Em 1627 conclui História do Brasil, uma das grandes obras do século XVII, pela autenticidade e fidelidade do relato. O manuscrito é encontrado pelo historiador Capistrano de Abreu na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro em 1881, dois séculos e meio depois de escrito. Publicado em 1888, ganha a edição definitiva em 1918. Existem também referências à obra Crônica da Custódia do Brasil, escrita em 1618, cujos originais foram perdidos. Morre em sua cidade natal.

Bento Teixeira (1560 - 1618)

Poeta português nascido na cidade do Porto, Portugal, autor do primeiro poema épico da literatura brasileira, Prosopopéia, sobre a conquista de Pernambuco, marco inicial do barroco na  nossa literatura, e também sua única obra. Filho de cristãos-novos, a família transferiu-se para a capitania do Espírito Santo, na então colônia do Brasil (1567). Estudou em colégios jesuítas, tentou seguir a carreira eclesiástica, mas desistiu e casou-se com a cristã Filipa Raposa (1584), em Ilhéus, BA. Formou-se no Colégio da Bahia e transferiu-se em seguida para Pernambuco, onde se dedicou ao magistério, à advocacia e ao comércio. Acusado pela mulher de judeu e mau cristão, foi julgado e absolvido pelo ouvidor da Vara Eclesiástica da Inquisição (1589), depois de levado a auto-de-fé. Depois foi intimado pelo visitador do Santo Ofício, ao qual fez sua confissão (1594). Revoltado, assassinou a mulher (1594) e se refugiou no mosteiro de São Bento, em Olinda. Preso durante frustrada tentativa de fuga, foi enviado para Lisboa (1595), onde inicialmente negou, mas depois admitiu a crença e prática judaicas, que abjurou em auto-de-fé (1599). Na prisão em Lisboa, de onde não mais sairia vivo, o autor fez sua composição de elogio aos primeiros donatários de Pernambuco no poema épico Prosopopéia (1601), considerada uma expressão pioneira do nativismo. Tratava-se de uma composição em oitava rima, com 94 estrofes,  exaltando a obra de Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, obedecendo ao modelo Camoniano, considerada cansativa e laudatória, de valor puramente histórico.

Fonte:

Wikipédia

SóLiteratura

SóHistória

Itau Cultural

Barroco no Brasil



 O Barroco foi introduzido no Brasil por intermédio dos jesuítas. Inicialmente, no final do século XVI, tratava-se de um movimento apenas destinado à catequização. A partir do século XVII, o Barroco passa a se expandir para os centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, por meio das igrejas. Assim, a função da igreja era ensinar o caminho da religiosidade e da moral a uma população que vivia desregradamente.

Nos séculos XVII e XVIII não havia ainda condições para a formação de uma consciência literária brasileira. A vida social no país era organizada em função de pequenos núcleos econômicos, não existindo efetivamente um público leitor para as obras literárias, o que só viria a ocorrer no século XIX. Por esse motivo, fala-se apenas em autores brasileiros com características barrocas, influenciados por fontes estrangeiras (portuguesa e espanhola), mas que não chegaram a constituir um movimento propriamente dito.  Nesse contexto, merecem destaque a poesia de Gregório de Matos Guerra e a prosa do padre Antônio Vieira representada pelos seus sermões.

Didaticamente, o Barroco brasileiro tem seu marco inicial em 1601, com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira.


Prosopopeia

       
I

Cantem Poetas o Poder Romano,
Sobmetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.

II

As Délficas irmãs chamar não quero,
que tal invocação é vão estudo;
Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rudo,
Que per rezão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos.

Esse poema, além de traçar elogios aos primeiros donatários da capitania de Pernambuco, narra o naufrágio sofrido por um deles, o donatário Jorge Albuquerque Coelho. Apesar de os críticos o considerarem de pouco valor literário, o texto tem seu valor histórico pois foi a primeira obra do Barroco brasileiro e o marco inicial do primeiro estilo de época a surgir no Brasil.

Fonte:

SóLeiteratura

Literatura de Informação

Manifestações literárias do século XVI – Quinhentismo


As primeiras manifestações literárias em terras brasileiras ocorreram no período do Brasil-Colônia. Destacam-se como tais, um conjunto de obras portuguesas ocorridas a partir do século XVI, manifestadas por meio dos escritos produzidos pelos viajantes, no intento de relatar as descobertas marítimas e terrestres.

Cabe ressaltar que antes do período que se refere às Grandes Navegações, os povos europeus consideravam estar no centro do mundo, uma vez que todas as partes, até então desconhecidas, eram concebidas como pertencentes a elementos fantásticos. Após iniciadas as grandes expedições marítimas, reverteu-se toda esta ótica.

Por meio delas, estas fantasias foram cedendo lugar a fatos reais, principalmente com a conquista e a colonização de novas terras, visto que as consequências econômicas, políticas e morais, relacionadas às mesmas, tornavam-se cada vez mais importantes “aos olhos de Portugal”.

Desta forma, as obras produzidas neste período são de caráter informativo, e ao conjunto dos referidos relatos, atribuímos o nome de Literatura de Informação ou Literatura dos Cronistas e Viajantes. Os textos, escritos em prosa, eram bem aceitos em Portugal e na Espanha, pois as paisagens exuberantes e os costumes exóticos ligados à natureza do homem brasileiro atendiam plenamente aos interesses econômicos, principalmente do colonizador.

Dentre estas obras, destacam-se como mais importantes:

Carta de Pero Vaz de Caminha, dirigida ao rei D. Manuel, relatando o descobrimento e as principais impressões da nova terra;

 Diário de navegação, de Pero Lopes de Souza (1530);

 Tratado da terra do Brasil e história da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos de Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576);

Narrativa epistolar e Tratado das terras e das gentes do Brasil, de Fernão Cardim (1583);

 Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza (1587);

Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);

Cartas escritas pelos jesuítas durante os dois primeiros séculos da catequese;

História da conversão dos gentios, do Pe. Manuel da Nóbrega;

 História do Brasil, de Feri Vicente de Salvador (1627);

 Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);

 Viagem à terra do Brasil, de Jéan Léry (1578).

A literatura de Catequese

Compondo o quadro da literatura de informação, destaca-se também a literatura de catequese, a qual pertencia aos escritos dos jesuítas que chegaram ao Brasil a partir de 1549. Pertenciam à Companhia de Jesus, organizada por Ignácio de Loyola, visando recuperar o poder e o prestígio preconizado pela Igreja Católica após a Reforma Protestante.

Assim sendo, defendiam a fé contra os ataques de protestantes e hereges, propagando-a aos mais distantes lugares da terra, convertendo muçulmanos, budistas e até os habitantes nativos das terras recém descobertas. Com base neste propósito, fundaram vários colégios na Europa e América, pois viam a educação como um instrumento viável para tal realização.

Entre seus principais representantes, citam-se os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta. Ao chegar aqui, Manuel da Nóbrega, juntamente com outros membros da Companhia de Jesus, mantiveram uma vasta correspondência sobre como se deu sua obra catequética, focalizando hábitos, costumes, língua e, sobretudo, as relações que mantinham entre os colonos e os jesuítas.

José de Anchieta destacou-se de modo relevante, em razão de sua produção de caráter pedagógico e moral, retratada em forma de poemas e peças teatrais. As representadas por cartas, relatórios e crônicas caracterizavam-se como prosa informativa, além de sermões, peças teatrais e poesias, todas escritas em português, espanhol e tupi-guarani.

A popularidade é característica marcante no teatro de José de Anchieta, pautado por uma linguagem simples e composto por uma técnica rudimentar, retoma uma tradição baseada nos autos de Gil Vicente, como também nos moldes proferidos durante a Idade Média.

Como podemos perceber, a produção concernente a este jesuíta possui um amplo valor significativo no processo de formação de nossa cultura, em razão de o mesmo ter se incumbido diante da tentativa de conferir uma expressão literária às novas condições do homem em solo brasileiro.

Fonte:
Disponível em: < http://www.portugues.com.br/literatura/aliteraturainformacao.html>

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea

Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea




Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea é uma publicação semestral do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Pós-graduação em Literatura da Universidade de Brasília. Desde 1999, quando começou a ser publicada, a revista tem o compromisso de fomentar o debate crítico sobre a literatura contemporânea produzida no Brasil, em suas diferentes manifestações, a partir dos mais diversos enfoques teóricos e metodológicos, com abertura para o diálogo com outras literaturas e outras expressões artísticas.

Machado de Assis em Linha

Machado de Assis em Linha





Sua principal missão é a disseminação do conhecimento sobre a obra do autor, em seus múltiplos aspectos. Seu principal compromisso é com a excelência acadêmica.
O interesse primordial da revista é nas áreas de estudos literários, literatura brasileira e literatura comparada, com foco temático na obra de Machado de Assis.
O título abreviado do periódico é Machado Assis Linha, que deve ser usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Biblioteca Virtual de Literatura



Biblioteca Virtual de Literatura




A Biblioteca Virtual de Literatura é um veículo de divulgação e informação destinado a especialistas e pesquisadores, alunos e professores das diversas literaturas e também a leitores e usuários da rede em geral. Com especial atenção à Literatura Brasileira, a BVL ocupa-se ainda das demais literaturas em língua portuguesa e das literaturas latino-americanas e abrange todas as outras literaturas. A literatura dramática está incluída, vinculada às atividades que a levam à cena.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Lista de escritores do Brasil por movimento literário


Barroco
Padre Antônio Vieira (1608 – 1697)
Gregório de Matos (1636 – 1696)
Manuel Botelho de Oliveira (1636 - 1711)
Frei Manuel de Santa Maria Itaparica (1704 - 1768)
Nuno Marques Pereira (1652 - 1731)
Sebastião da Rocha Pita (1660 - 1738)
Frei Vicente do Salvador (1564 - 1636/1639)
Bento Teixeira (1560 - 1618)
Arcadismo
Alvarenga Peixoto (1744 - 1793)
Basílio da Gama (1740 - 1795)
Cláudio Manuel da Costa (1729 - 1789)
Santa Rita Durão (1722 - 1784)
Silva Alvarenga
Sousa Caldas (1762 - 1814)
Tomás Antônio Gonzaga (1744 – 1810)
Romantismo
Indianista
Gonçalves Dias
Gonçalves de Magalhães
Araújo Porto Alegre
Ultra-romantismo
Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu
Fagundes Varela
Junqueira Freire
Condoreirismo
Castro Alves
Sousândrade
Tobias Barreto
Bernardo Guimarães
Luís Delfino
Romantismo (Prosa)
Franklin Távora
Guimarães Jr.
Pereira da Silva
Joaquim Manuel de Macedo
José de Alencar
Manuel Antônio de Almeida
Martins Pena
Paulo Eiró
Visconde de Taunay
Francisco Sotero dos Reis
Joaquim Caetano da Silva
Francisco de Sales Torres Homem
João Francisco Lisboa
Justiniano José da Rocha
João Manuel Pereira da Silva
Joaquim Felício dos Santos
Guimarães Júnior
Realismo
Artur Azevedo
Francisco Otaviano
Machado de Assis
Júlia Lopes de Almeida
Xavier Marques
Manuel de Oliveira Paiva
Naturalismo
Adherbal de Carvalho
Adolfo Caminha
Aluísio Azevedo
Domingos Olímpio
Inglês de Sousa
Júlio Ribeiro
Mario Totta
Ferreira Leal
Paulino Azurenha
Paulo Marques de Oliveira
Sousa Lobo
Figueiredo Pimentel
Max Fleiuss
Pápi Júnior
Coelho Neto
Raul Pompéia
Rodolfo Teófilo
Maria Benedita Bormann
Marques de Carvalho
Horácio de Carvalho
Antônio Sales
Carlos Dias Fernandes
Antônio de Oliveira
Emília Bandeira de Melo
Canto e Mello
Avelino Fóscolo
Cardoso de Oliveira
Pardal Mallet
Baptista Cepellos
Faria Neves Sobrinho
Carneiro Vilela
Theotônio Freire
Manoel Arão de Oliveira Campos
Parnasianismo
Alberto de Oliveira
Francisca Júlia
Olavo Bilac
Raimundo Correia
Luís Guimarães
Luís Delfino
Valentim Magalhães
João Ribeiro
Emílio de Menezes
Afonso Celso
Rodrigo Otávio
Júlia Cortines
Magalhães de Azeredo
Bastos Tigre
Goulart de Andrade
Humberto de Campos
Olegário Mariano
Luís Carlos
Félix Pacheco
Baptista Cepellos
Theotônio Freire
Antonio Sales
Vicente de Carvalho
Simbolismo
Alphonsus de Guimaraens
Artur de Sales
Cruz e Sousa
Pedro Kilkerry
Nestor Vítor
Xavier Marques
Pré-Modernismo
Augusto dos Anjos
Coelho Neto
Euclides da Cunha
Graça Aranha
Lima Barreto
Monteiro Lobato
Raul de Leoni
Modernismo
Antônio de Alcântara Machado
Augusto Frederico Schmidt
Carlos Drummond de Andrade
Cecília Meireles
Cassiano Ricardo
Cornélio Pena
Cyro dos Anjos
Érico Veríssimo
Euclides Neto
Graciliano Ramos
Guilherme de Almeida
Jorge Amado
Jorge de Lima
José Américo de Almeida
José Lins do Rego
Juó Bananère
Lúcio Cardoso
Manuel Bandeira
Mário de Andrade
Marques Rebelo
Menotti Del Picchia
Murilo Mendes
Oswald de Andrade
Otávio de Faria
Patrícia Galvão (Pagu)
Rachel de Queiroz
Raul Bopp
Ronald de Carvalho
Vinícius de Morais
Elisa Lispector
Dante Milano
Ribeiro Couto
Pedro Nava
Adalgisa Nery
Luis Fernando Verissimo
Pós-Modernismo / Geração de 45
Ariano Suassuna
Clarice Lispector
Dalcídio Jurandir
Elisa Lispector
Geir Campos
Guimarães Rosa
João Cabral de Melo Neto
Jorge Andrade
Lêdo Ivo
Mauro Mota
Geraldo Vidigal
Domingos Carvalho da Silva
Nelson Rodrigues
Péricles Eugênio da Silva Ramos
Concretismo
Ferreira Gullar
Décio Pignatari
Haroldo de Campos
Augusto de Campos
Ronaldo Azeredo
Literatura contemporânea
Adélia Prado
Alberto Mussa
Álvaro Cardoso Gomes
Ana Maria Machado
Ana Miranda
Ana Cristina Cesar
Angela Dutra de Menezes
Antônio Callado
Antônio Carlos Viana
Antônio Torres
Armando Freitas Filho
Augusto Boal
Augusto de Campos
Autran Dourado
Bernardo Élis
Caio Fernando Abreu
Campos de Carvalho
Carlos Heitor Cony
Carlos Herculano Lopes
Carlos Nascimento Silva
Chico Buarque de Holanda
Cristóvão Tezza
Dalton Trevisan
Décio Pignatari
Dias Gomes
Domício Proença Filho
Donizete Galvão
Edla Van Steen
Elias José
Esdras do Nascimento
Fernando Sabino
Francisco Alvim
Geraldo Ferraz
Gianfrancesco Guarnieri
Gabriel de Paula Machado
Haroldo de Campos
Harry Laus
Hilda Hilst
Horácio Costa
Ignácio de Loyola Brandão
Izomar Camargo Guilherme
João Almino
João Antônio
João Ubaldo Ribeiro
Joel Silveira
Jorge Amado
José J. Veiga
José Paulo Paes
José Roberto Torero
Josué Montello
José Sarney
Leo Vaz
Lindanor Celina
Lindolfo Rocha
Luís Fernando Veríssimo
Luiz Antonio de Assis Brasil
Luiz Vilela
Lya Luft
Lygia Fagundes Teles
Manoel Carlos Karam
Marcelo Mirisola
Marcelo Rubens Paiva
Márcia Frazão
Mário Prata
Mario Quintana
Mário Ribeiro da Cruz
Marques Rebelo
Miguel M. Abrahão
Millôr Fernandes
Moacyr Scliar
Murilo Mendes
Murilo Rubião
Nélida Piñon
Nelson Motta
Otto Lara Resende
Paulo Aquarone
Paulo Coelho
Paulo Leminski
Paulo Mendes Campos
Paulinho Assunção
Pedro Bandeira
Per Johns
Raduan Nassar
Reinaldo Moraes
Renard Perez
Ronald Claver
Rubem Braga
Rubem Fonseca
Ruth Rocha
Ruy Castro
Sérgio Sant'Anna
Silviano Santiago
Thales de Andrade
Yara Cecim
Zélia Gattai
Escritores do início do século XXI
Prosadores
André Vianna
Adriana Falcão
Adriana Lisboa
Alberto Mussa
Amílcar Bettega Barbosa
Andréa del Fuego
André Sant'Anna
Bernardo Carvalho
Christiane Tassis
Cintia Moscovich
Clarah Averbuck
Clarice Pacheco
Daniel Galera
Daniel Pellizzari
Fernanda Young
Fernando Bonassi
Fernando Molica
Índigo
Ivana Arruda Leite
Ivan Sant'anna
João Almino
João Paulo Cuenca
Joca Reiners Terron
Leonardo de Moraes
Luis Eduardo Matta
Luiz Alfredo Garcia-Roza
Luiz Ruffato
Marçal Aquino
Marcelino Freire
Mário Bortolotto
Miguel Sanches Neto
Milton Hatoum
Modesto Carone
Nelson de Oliveira
Patrícia Melo
Paulo Scott
Raduan Nassar
Ronaldo Bressane
Ronaldo Cagiano
Santiago Nazarian
Simone Campos
Sonia Sant'Anna
Thales Guaracy
Vicente Franz Cecim
Xico Sá
Zé Rodrix
Zulmira Ribeiro Tavares
Poetas
André Vianna
Angélica Freitas
Annita Costa Malufe
Bruno Cattoni
Carlito Azevedo
Carlos Eduardo Drummond
Carlos Lima
Clarice Pacheco
Claudio Daniel
Cora Coralina
Christina Magalhães Herrmann
Delmo Montenegro
Fabiano Calixto
Fabrício Carpinejar
Fabio Weintraub
Francisco Alvim
Frederico Barbosa
Heitor Ferraz
Horacio Costa
Micheliny Verunschk
Mario Quintana
Paulo Aquarone
Paulo Ferraz
Paulo Henriques Britto
Tarso de Melo
Virna Teixeira
Zacarias Martins

Fonte:

Wikipédia

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Crônica

A palavra crônica é derivada do latim Chronica e do grego Khrónos  (tempo), e significado principal que acompanha esse tipo de texto é exatamente o conceito de tempo. 

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.

Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.

O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.

Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:

• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.

Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!

Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.

Leia Também:

O que é uma crônica literária?


Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Poesia


A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita. Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas de Zoroastro (1200-900 aC), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas. A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monolitos, pedras rúnicas e estelas.
O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro. Outras antigas poesias épicas incluem os épicos gregos Ilíada. e Odisseia, os livros iranianos antigos Gathas Avesta e Yasna, o épico nacional romano Eneida, de Virgílio, e os épicos indianos Ramayana e Mahabharata.

Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta, e o que distingue a poesia boa da má, resultou na "poética", o estudo da estética da poesia. Algumas sociedades antigas, como a chinesa através do Shi Jing (Clássico da Poesia), um dos Cinco Clássicos do confucionismo, desenvolveu cânones de obras poéticas que tinham ritual bem como importância estética. Mais recentemente, estudiosos têm se esforçado para encontrar uma definição que possa abranger diferenças formais tão grandes como aquelas entre The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer e Oku no Hosomichi de Matsuo Basho, bem como as diferenças no contexto que abrangem a poesia religiosa Tanakh, poesia romântica e rap.
O contexto pode ser essencial para a poética e para o desenvolvimento do gênero e da forma poética. Poesias que registram os eventos históricos em termos épicos, como Gilgamesh ou o Shahnameh, de Ferdusi, serão necessariamente longas e narrativas, enquanto a poesia usada para propósitos litúrgicos (hinos, salmos, suras e hadiths) é suscetível de ter um tom de inspiração, enquanto que elegia e tragédia são destinadas a invocar respostas emocionais profundas. Outros contextos incluem cantos gregorianos, o discurso formal ou diplomático, retórica e invectiva políticas, cantigas de roda alegres e versos fantásticos, e até mesmo textos médicos.
O historiador polonês de estética Władysław Tatarkiewicz, em um trabalho acadêmico sobre "O Conceito de Poesia", traça a evolução do que são na verdade dois conceitos de poesia. Tatarkiewicz assinala que o termo é aplicado a duas coisas distintas que, como o poeta Paul Valéry observou, "em um certo ponto encontram união. […] A poesia é uma arte baseada na linguagem. Mas a poesia também tem um significado mais geral […] que é difícil de definir, porque é menos determinado: a poesia expressa um certo estado da mente.

Gêneros poéticos


Permitem uma classificação dos poemas conforme as suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, eloquente, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do género épico, destaca-se a epopeia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional.

Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. o Poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.

A Poesia Contemporânea

A poesia contemporânea está a ser produzida com palavras que pulam para “fora da página”. A nova corrente literária, que explora a plataforma da Web não apenas em termos de divulgação, mas também no que se refere à criação, tem chamado a atenção dos estudiosos. O professor Jorge Luís Antônio, autor do livro Poesia Digital: teoria, história, antologias, afirmou a um jornal brasileiro sobre esses artistas recentes: “Alguns fazem apresentações em público, na mesma linha dos dadaístas do Cabaret Voltaire, no começo do século XX. Outros fazem poesia ‘cíbrida’ [contração de ‘híbrido’ e ‘cibernético’], com uso de arte,design e tecnologia. O importante é que todos focam nos aspectos poéticos”.


Considerações semiológicas

A poesia digital é marcada pela natureza multimidiática. A palavra ganha novos valores ao interagir com recursos sonoros e de vídeo. Não raro é o uso da tridimensionalidade para efeitos de criação artística. Ela pode ser considerada resultado de negociações semióticas com a tecnologia; são elas a mediação, transmutação e intervenção. A mediação poeta-máquina possibilita a assimilação de neologismos e conceitos tecnológicos, ambos aplicados como temas e expressões poéticas. É quando o poeta realiza a semiose (no sentido peirciano) poesia-computador, tomando conhecimento do significado cultural da máquina, que passa a ter valor em sua arte verbal. Outro nível de mediação ocorre na mudança da função predominante da máquina – de pragmática, referencial e objetiva para poética. Isso se dá quando o poeta assimila a linguagem da máquina e intervém nela, lançando mão da criatividade de que dispõe.

Contexto histórico

A fundição de ferro em blocos, Herman Heyenbrock
A relação entre poesia e tecnologia assemelha-se a alguns conceitos da literatura na medida em que repete as teorias “imitativa” e “expressiva” da arte (o Realismo). A realidade interior e exterior é simulação para a tecnologia computacional e a expressão é uma recriação do mundo tecnológico através da arte da palavra. O tecnopoeta, ciente de tal tecnopólio, que é avassalador, encontra-se cercado de uma realidade tecnocentrista que se lhe serve como linguagem poética. Da mesma forma, o poeta romântico na Revolução Industrial criava um mundo subjetivo e idealizado como resposta à realidade extenuante da industrialização. A linguagem tecnológica se transforma em tecnopoética, sedo que a cultura não se rende à tecnologia, mas sofre a intervenção do poeta para fazer dela outra forma de comunicação.

Fonte:

Wikipédia


Banco de Poesia do Fernando Pessoa



Para acessar o site, clique aqui

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Revista Online de Literatura e Linguística

O Departamento de Letras da UFPE apresenta Eutomia: Revista Online de Literatura e Linguística, criada em proveito do debate crítico, da reflexão teórico-crítica e da abertura de canais de articulação com a comunidade literária. 

A revista está online desde 2008 e recebe artigos, ensaios, resenhas e traduções, em teoria literária, crítica literária e linguística; e se abre também à produção ficcional – contos e poemas. Saiba mais sobre a revista acessando a seção Política Editorial. As edições semestrais de Eutomia estão disponíveis na seção Volumes.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Escritores de Língua Portuguesa

Angola

AngolaAdriano Botelho de Vasconcelos
Agostinho Neto
José Eduardo Agualusa
José Luandino Vieira
Ondjaki
Paulo de Carvalho
Pepetela
Sousa Jamba
Uanhenga Xitu ou Mendes de Carvalho
Víctor Kajibanga
Viriato da Cruz

Brasil

Abgar Renault
Adélia Prado
Adolfo Caminha
Adriana Falcão
Adriana Lisboa
Afonso Arinos
Affonso Romano de Sant'Anna
Afrânio Peixoto
Alaíde Lisboa
Alberto de Oliveira
Alberto Mussa
Alcântara Machado
Alcides Maia
Alceu Wamosy
Aldo Novak
Alphonsus de Guimarães
Aluísio Azevedo
Alvarenga Peixoto
Álvares de Azevedo
Ana Cristina Cesar
Aníbal Beça
Aníbal Machado
Antônio Bezerra
Antônio Callado
Antônio Sales
Araripe Júnior
Artur Azevedo
Antonio Cícero
Arnaldo Antunes
Arnaldo Damasceno Vieira
Arthur Ramos
Augusto de Campos
Augusto dos Anjos
Autran Dourado
Ariano Suassuna
Basílio da Gama
Benjamin Sanches
Bento Teixeira
Bernadette Lyra
Botelho de Oliveira
Bruna Lombardi
Caio Fernando Abreu
Capistrano de Abreu
Carlos de Laet
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Heitor Cony
Carlos Henrique Schroeder
Casimiro de Abreu
Cassiano Ricardo
Castro Alves
Catulo da Paixão Cearense
Cecília Meireles
Celso Sisto
César Leal
Chico Buarque
Chico César
Clarice Lispector
Clarice Pacheco
Cléo Martins
Cornélio Pena
Cristiane Grando
Cruz e Sousa
Dalton Trevisan
Darcy Ribeiro
Dau Bastos
Décio Pignatari
Deoscoredes M. dos Santos
Dias Gomes
Dionélio Machado
Domingos Pellegrini
Drauzio Varella
Edison Carneiro
Elisa Lispector
Elisa Lucinda
Elly Herkenhoff
Érico Veríssimo
Euclides da Cunha
Fagundes Varela
Fernando Bonassi
Fernando Sabino
Fernando Gabeira
Ferreira Gullar
Francisca Júlia
Fran Dotti do Prado
Gabriel Chalita
Gesiel Júnior
Gilberto Freyre
Gilka Machado
Gonçalves de Magalhães
Gonçalves Dias
Graciliano Ramos
Graça Aranha
Gregório de Matos Guerra
Gustavo Reiz
Gustavo Barroso
Harry Laus
Hélio Melo
Hélio Pellegrino
Hilda Hilst
Huberto Rohden
Ignácio de Loyola Brandão
Ivan Sant'anna
Izomar Camargo Guilherme
Josué Guimarães
João Aguiar
João do Rio
João Cabral de Melo Neto
João Gilberto Noll
João Guimarães Rosa
João Paulo Cotrim
João Simões Lopes Neto
João Ubaldo Ribeiro
Jorge Amado
José de Alencar
Jorge Fernando dos Santos
José Leon Machado
José J. Veiga
José Lins do Rego
Julio Cezar Ribeiro Vaugham
Jô Soares
Juvenal Galeno
Leonardo de Moraes
Leonardo Mota
Leo Vaz
Lima Barreto
Lourenço Mutarelli
Luis Eduardo Matta
Luís Fernando Veríssimo
Luiz Bacellar
Luiz Alfredo Garcia Roza
Lygia Fagundes Telles
Maciel Monteiro
Machado de Assis
Manuel Bandeira
Manuel de Barros
Márcio Souza
Márcio Vassallo
Maria José Dupré
Maria Teresa Elisa Böbel
Mário de Andrade
Mário Faustino
Mário Quintana
Mário Ribeiro da Cruz
Menotti del Picchia
Michel Melamed
Miguel M. Abrahão
Miguel Jorge (escritor)
Miguel Marvilla
Millôr Fernandes
Milton Hatoum
Mino Carta
Moacir Japiassu
Moacyr Scliar
Monteiro Lobato
Moreira Campos
Murilo Mendes
Murilo Rubião
Nelson Hoffmann
Nelson Rodrigues
Nina Rodrigues
Nic Nilson
Otto Lara Resende
Otto Maria Carpeaux
Oswald de Andrade
Paulo Aquarone
Paulo Coelho
Paulo Freire
Paulo Leminski
Paulo Lins
Paulo Mendes Campos
Paulo Pontes
Paulo Querido
Pedro Bandeira
Pedro Gil-Pedro
Pedro Nava
Plínio Marcos
Qorpo Santo
Rachel de Queiroz
Raduan Nassar
Raul Bopp
Raul de Leoni
Raul Pompéia
Raul Lody
Regina Echeverria
Reginaldo Prandi
Reinaldo Mendes de Góes
Renard Perez
Renata Palottini
Renato Pacheco
Renato Tapado
Roberto Drummond
Rodolfo Teófilo
Ronaldo Cagiano Barbosa
Rubem Alves
Rubem Braga
Rubem Fonseca
Rui Barbosa
Ruth Rocha
Santiago Nazarian
Sérgio Buarque de Hollanda
Sérgio Jockyman
Sérgio Sant'Anna
Silviano Santiago
Sousândrade
Thales de Andrade
Vicente Cechelero
Victor Louis Stutz
Vinicius de Moraes
Zacarias Martins
Zélia Gattai
Ziraldo

Cabo Verde

Amílcar Cabral
Germano Almeida
Jorge Barbosa
Manuel Veiga
Orlanda Amarílis
Viriato de Barros

Galiza

Ricardo Carvalho Calero
Afonso D. Rodrigues Castelao
Rosalia de Castro
Curros Henriques
Ricardo Flores Peres
 GErnesto Guerra da Cal
João Guisan Seixas
MJenaro Marinhas del Valle
PEduardo Pondal
QCarlos Quiroga
Guiné-BissauAmílcar Cabral
MoçambiqueAlbino Magaia
Armando Artur
Calane da Silva
Eduardo White
João Paulo Borges Coelho
José Craveirinha
Leite de Vasconcelos
Lília Momplé
Luís Bernardo Honwana
Luís Carlos Patraquim
Marcelino dos Santos
Marcelo Panguana
Mia Couto
Nelson Saúte
Noémia de Sousa
Paulina Chiziane
Reinaldo Ferreira
Rui de Noronha
Rui Knopfli
Ungulani Ba Ka Khosa

Portugal

Abel Botelho
Afonso Lopes Vieira
Al Berto
Alberto Pimenta
Alberto Pimentel
Alexandre Cabral
Alexandre Herculano
Alexandre Maria Pinheiro Torres
Alfredo Margarido
Almada Negreiros
Almeida Garrett
Álvaro Feijó
Alves Redol
Ana Saldanha
Antero de Figueiredo
Antero de Quental
António Alçada Baptista
António Aleixo
António Botto
António Caetano de Sousa
António Feijó
António Feliciano de Castilho
António Garcia Barreto
António Gedeão
António Gomes Leal
António Gonçalves Annes Bandarra
António Graça Abreu
António Lobo Antunes
António Mota
António Nobre
António Quadros
António Vicente Campinas
António Vieira
António de Vilas-Boas e Sampaio
Augusto Abelaira
Augusto Gil
Arménio Gomes dos Santos
Armindo José Rodrigues
Baptista-Bastos
Bernardim Ribeiro
Branquinho da Fonseca
Bulhão Pato
Camilo Castelo Branco
Carlos de Oliveira
Carlos Malheiro Dias
Carlos Vaz
Conde d'Aurora
Cristóvão Falcão
David Mourão Ferreira
Eugénio de Andrade
Eça de Queirós
Fernanda de Castro
Fernanda Seno
Fernando Augusto de Freitas Motta Luso Soares
Fernando Guedes
Fernando Monteiro de Castro Soromenho
Fernando Namora
Fernando Pessoa
Fernão Lopes
Fernão Mendes Pinto
Ferreira de Castro
Fialho de Almeida
Fiama Hasse Pais Brandão
Filinto Elísio
Florbela Espanca
Francisco Adolfo Coelho
Francisco Costa
Francisco José Viegas
Francisco Gomes de Amorim
Gabriel Pereira de Castro
Garcia de Resende
Gil Vicente
Jaime Cortesão
João de Barros
João de Deus
João Gaspar Simões
João José Cochofel
João-Maria Nabais
Joaquim Paço d'Arcos
Joaquim Pessoa
José Carlos Ary dos Santos
José Gomes Ferreira
José Jorge Letria
José Leon Machado
José Maria Latino Coelho
José Régio
José Rodrigues Miguéis
José Saramago
Judite Teixeira
Júlio César Machado
Júlio Dantas
Lídia Jorge
Luiz Francisco Rebello
Luís Pereira Brandão
Luís de Sttau Monteiro
Luís Vaz de Camões
Luísa Costa Gomes
Manuel Alegre
Manuel António Pina
Manuel da Fonseca
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Manuel Teixeira Gomes
Maria Amália Vaz de Carvalho
Maria Judite de Carvalho
Maria Ondina Braga
Maria Velho da Costa
Marina Tavares Dias
Mário Beirão
Mário Cláudio
Mário de Sá-Carneiro
Mário Dionísio
Mário Vicente
Marquesa de Alorna
Matilde Rosa Araújo
Miguel de Castro Henriques
Miguel Sousa Tavares
Natália Correia
Pedro Almeida Vieira
Pedro Corte Real
Pedro Paixão
Pinheiro Chagas
Possidónio Cachapa
Rafael Dionísio
Ramalho Ortigão
Raul Brandão
Ruben A.
Rui Alexandrino Ferreira
Ruy Belo
Ruy Cinatti
Sebastião Alba
Sebastião da Gama
Sidónio Muralha
Soeiro Pereira Gomes
Sophia de Mello Breyner Andresen
Teixeira de Pascoaes
Teófilo Braga
Teolinda Gersão
Tomás António Gonzaga
Urbano Tavares Rodrigues
Vasco de Lima Couto
Vergílio Ferreira


Fonte:

Wipédia

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Boletim de Pesquisa NELIC



A principal missão do Boletim de Pesquisa NELIC é ser um meio de divulgação científica de produções acadêmicas acerca dos estudos literários e culturais. Dentre os objetivos, o de ampliar a possibilidade de acesso à produção científica - desde professores doutores à bolsistas de iniciação científica - vinculada ao NELIC - Núcleo de Estudos Literários & Culturais.

Anuário de Literatura


Anuário de Literatura tem como missão difundir o conhecimento novo e inovador na área de Literatura, Teoria e Crítica Literária. Está direcionada para pesquisadores e profissionais de literatura. Recebe originais inéditos de artigos em Literatura e Teoria Literária resultantes de pesquisa científica; recebe originais de ensaios de carater teórico fundamentados em revisão de literatura; recebe resenhas de livros além de traduções de artigos e de textos literários. Autores já publicados pela Anuário devem respeitar um interstício mínimo de 06 meses (equivalente a uma edição) para o envio de uma nova proposta de publicação.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A poesia grega como paidéia

Resumo

O presente artigo analisará a importância da Ilíada e da Odisséia no processo de preservação da memória, da cultura e do passado grego, destacando sua influência nas esferas da política, da arte, da ciência e da filosofia. Nossa análise se dá a partir da influência da tradição poética no processo constitutivo da cultura grega, tomando como base o papel educativo e normativo que a poesia sempre exerceu entre os gregos. No tratamento dessa questão mostraremos que, de Homero e Hesíodo a Platão, a cultura grega mostra-se completamente impregnada pelos efeitos da poesia na formação ética, política e pedagógica das crianças e dos jovens.


Texto Completo: PDF

Veja Também:

Ethos e amizade: a morada do homem


 Fonte:

Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), Vol. 14, No 21 (2007)

Jovelina Maria Ramos de Souza



sábado, 31 de março de 2012

O medieval e o moderno no mundo ibérico e ibero-americano.

Resumo

Trata-se de um trabalho apresentado no 49 Congresso Internacional de Americanista, em julho de 1997, em Quito, Equador. A idéia da comunicação é refletir sobre a especificidade da colonização da Iberoamérica, especialmente quando comparada com a da Angloamérica, tomando como referência a diferente inserção dos Países Ibéricos e da Europa Anglo-Saxônica na chamada Modernidade Ocidental, na virada do século XVI para o XVII. Em nosso entender, a singularidade da Idade Média na Península Ibérica - convivência entre cristãos, muçulmanos e judeus; ampla divisão da filosofia aristotélica-tomista -, bem como a precocidade da constituição dos estados nacionais português e espanhol, seguida de uma expansão ultramarina pioneira, condicionou uma relação singular dos ibéricos com o humanismo do século XVI e com a filosofia e a ciência moderna no século XVII. Estamos denominando essa situação uma Modernidade Medieval, que assumiu precocemente características modernas como o antropocentrismo humanista, mas optou por modernizar o tomismo medieval ao invés de abraçar a filosofia e a ciência moderna (Descartes e Galileu). Mesmo quando o fizeram, inspirados pelo iluminismo do século XVIII, o resultado foi ecletismo, uma aceitação do novo sem descartar o velho. Pretendemos mostrar a presença dessa característica, ainda que não assumindo as mesmas formas, na Iberoamérica colonial ( instituição político-administrativa, sociedade estamentária, recepção seletiva das idéias de Copérnico e Descartes), e no ecletismo que caracterizou o Iluminismo, cujos reflexos se fizeram sentir momento de sua "emancipação política" no século XIX, e ainda persistem nas reclamações sobre a insuficiente modernidade da América Latina ( e do Brasil). ( p. 195-217)  Texto Completo: pdf

Fonte:

Revista Estudos Históricos

sexta-feira, 30 de março de 2012

Escritores da Roma Antiga

Apuleio
Arnóbio de Sica
Aulo Pérsio Flaco
Castor de Rodes
Catulo
Cícero
Columela
Cornélio Nepos
Egeria (escritora)
Élio Donato
Quinto Ênio
Públio Papínio Estácio
Caio Valério Flaco
Flávio Vegécio
Helênio Acron
Higino
Horácio
Júlio César
Júlio Honório
Julius Florus
Jurisconsulto Gaio
Juvenal
Lívio Andrônico
Lucano
Macróbio
Marcus Manilius
Marcial
Marco Aneu Sêneca
Marco Cornélio Frontão
Marco Juniano Justino
Marco Pacúvio
Marco Túlio Tirão
Mário Sérvio Honorato
Masúrio Sabino
Ovídio
Petrônio
 Plauto
Caio Plínio Cecílio Segundo
Pompônio Segundo
Propércio
Públio Siro
Públio Terêncio Varrão
Quintiliano
Quinto Cúrcio Rufo
Rufo Avieno
Sexto Pompeu Festo
Sílio Itálico
Públio Cornélio Tácito
Terêncio
Tibulo
VValério Máximo
Marco Terêncio Varrão
Virgílio

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Resenha do Filme "O Nome da Rosa".


A  Igreja  Católica  adentrou  a  Idade  Média  riquíssima,  com  uma  fortuna  incalculável, detentora do maior número de terras do Ocidente. Isso se deveu a Constantino, quando a instituiu, e entregou muita riqueza e posses.  Ela  concentrou  tantos  poderes  nas  mãos,  que  os  imperadores  tinham  que  prestar “obediência” à igreja, mais precisamente à figura do papa.
E não só os reis, mas o povo em geral. Esse  poder  no  plano  material  a  autoridade  ideológica  que  a  igreja  exercia  sobre  a população. Esse poder no plano espiritual vem desde a sua origem, quando Constantino, vendo seus súditos não o apoiando mais, lançou mão de uma nova religião, no caso o Cristianismo que estava em alta na época, para arrebanhá-los e “controla-los” no âmbito ideológico.

Com esse controle em mãos, ficou fácil a manipulação do povo, mostrando o que era certo e errado na sua visão.O modelo político da época medieval ajudou e muito a igreja a manter esse poder sobre os vários reis. Pois pelo fato do poder ser descentralizado, ficava difícil para os imperadores manter o controle total de seu reino. Como a igreja exercia uma forte influência sobre a população, esses imperadores aproveitavam isso e aliava-se à igreja para alcançar melhor seus súditos.  Essa ideologia pregada pela igreja católica que manipulava a população consistia na fé em Deus.

O papa era o representante deste aqui na terra. A igreja “forçava” o povo obediência ao Papa e a seus dogmas, que eram incontestáveis. Era imposto às pessoas a aceitação a esse Deus, caso contrário seria severamente punido nos planos material e espiritual.  Essa “proximidade” da igreja com céu, entenda-se Deus, era tão forte e para ter um cunho ainda mais controlador, as edificação da Idade Média, as que estavam ligadas a ordem canônica, sua arquitetura era formadas por grandes torres pontiagudas em direção ao céu, simbolizando o encontro com o Divino. Esse tipo de arquitetura era denominado Gótico. 

Era fácil para a igreja manter esse poder ideológico ficando na mente das pessoas, pois ela não deixava espaço para tais pesarem a respeito. Porque se isso estivesse acontecendo com alguém  já  era  pecado,  já  confabulando  contra  Deus  e  a  favor  do  “Diabo”.  Então  os indivíduos tinham medo. Também ficava difícil para a população discernir intelectualidade, por em pratica seu senso critico, pois não havia escola para civis, só para os padres, e mesmo aquele conhecimento que foi produzido e transposto para livros na Antigüidade pelos inúmeros e iluminado filósofos aprisionados filósofos na biblioteca dos mosteiros da Idade Media pala igreja. Pilhas intermináveis de livros encontravam-se nessa biblioteca, servindo apenas para apara poeira.Pois até os próprios padres eram proibidos de ter acesso a esses livros, só tinha seu acesso permitido alguns, do alto escalão da igreja.  


Fonte:

Francisco Alejandro Horne

Disponível em:
es . Acesso em: 22. nov. 2007.

VOCÊ SABIA?

VOCÊ SABIA? A logo do Bluetooth é a união das runas nórdicas Hagall e Berkanan, correspondentes às letras H e B do nosso alfabeto, sendo tam...