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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Governo adia novo acordo ortográfico para 2016


O governo federal vai adiar para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. As novas regras, adotadas pelos setores público e privado desde 2008, deveriam ser implementadas de forma integral a partir de 1º de janeiro de 2013.

A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em português. Com o adiamento, continuará sendo opcional usar, por exemplo, o trema e acentos agudos em ditongos abertos como os das palavras "ideia" e "assembleia".


Além disso, o adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas.

"Há muita insatisfação. Ganhamos tempo para refletir, discutir e reduzir o número de regras irracionais", afirma o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), que defendeu o adiamento e quer promover audiências com professores e embaixadores dos países de língua portuguesa na Casa.A maior pressão é de professores, que reclamam terem sido excluídos das discussões
diplomacia. A decisão é encarada como um movimento diplomático, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanças com Portugal.

O país europeu concordou oficialmente com a reforma ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um período de transição maior.

Não há sanções para quem desrespeitar a regra, que é, na prática, apenas uma tentativa de uniformizar a grafia no Brasil, Portugal, nos países da África e no Timor Leste.
A intenção era facilitar o intercâmbio de obras escritas no idioma entre esses oito países, além de fortalecer o peso do idioma em organismos internacionais. Leia Mais 

Fonte:

Folha de S. Paulo 20/12/2012

sábado, 28 de julho de 2012

Técnicas de Redação

Após ler sobre tantos gêneros textuais, esta última aula tem como função ser uma espécie de autoavaliação para você. Aqui, você verá diferentes textos e exercícios propostos para que exercite tudo o que foi aprendido nas aulas anteriores. Até agora, você leu e aprendeu sobre o texto jornalístico, o teatral, o narrativo, o argumentativo, o científico etc. Nesta aula, você vai aprender quais as técnicas e elementos básicos para a produção de uma boa redação. Você também terá a oportunidade de revisar, fixar e praticar exercícios textuais, observando as técnicas de cada gênero estudado. Clique aqui, para ler o texto completo.

Leia mais sobre: Redação técnica

Fonte:

Metrópole Digital

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Conjugação de Verbos



O Conjugação é uma ferramenta online para conjugar os verbos da língua portuguesa. Use a busca para encontrar a conjugação completa do verbo que procura. Temos a conjugação verbal de todos os verbos da língua portuguesa. Acesse

Veja Também: Conjuga-me é uma ferramenta para conjugar verbos em outras Línguas

terça-feira, 24 de abril de 2012

PROJETO RELEITURAS


Em 1996, após quase dois anos de aposentadoria, comprei meu primeiro computador. Seguindo o conselho de meu filho, comecei um mexe daqui e dali, apanhando muito mas, aos poucos, me familiarizando com a máquina. O meu objetivo maior era o de usar o Word, já que pretendia escrever alguma coisa, sei lá, colocar na telinha o que pintasse. Mas era preciso treinar para conseguir isso. Depois de boas surras, fiz um desses cursinhos e, já mais apetrechado, fui à luta. Nessa época a Internet começava a estourar e, como gosto de novidades, fui logo aderindo. Resolvi, então, para incrementar a minha prática, copiar um artigo do Luís Fernando Veríssimo, intitulado "O Apito", e remetê-lo para o amigo Tom, lá em Salvador. Foi no dia 23 de maio. Ele, por sua vez, enviou o texto para alguns amigos. A receptividade foi boa, a coisa começou a se espalhar e, atendendo a pedidos, dei prosseguimento ao meu trabalho, sempre selecionando de meus livros os textos que julgava os melhores. Acesse o Site

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Epigrafia e Papirologia

Inscrição copta, feita por volta do século III a.C.
Epigrafia
do grego επιγραφή; transl. epi-graphē "sobre-escrita", lit. "inscrição" é uma ciência auxiliar da história, na qual se estudam as inscrições antigas, ou "epígrafes", gravadas em matérias sólidas (tais como a madeira, rocha, ossos, metal), visando obter a decifração, interpretação e classificação das inscrições.
Embora também estude os estilos epigráficos usados nas moedas e similares, na realidade o estudo especializado das inscrições ou lendas que aparecem sobre estas são matéria da numismática.

Ciríaco de Ancona (1391-1455) é considerado o fundador da epigrafia


 Papirologia

Papiro com trechos de Platão
 do grego πάπυρος, papyros, e λόγος, logos é o estudo dos antigos papiros, principalmente de origens egípcia, grega e romana, que eram fabricados a partir da extração da polpa da planta do papiro, onde os escritos eram feitos com tinta e cálamo, feito de junco. Os papiros se deterioram rapidamente e os últimos que chegaram até a época atual datam do século X.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Manual de redação


A idéia de disponibilizar via on-line um Manual de Redação surgiu na GERÊNCIA DE WEB, setor responsável pela criação e manutenção de programação visual e eletrônica do site da PUCRS, e viabilizou-se com o suporte teórico-prático do Prof. Me. Gilberto Scarton, assessor especial para assuntos da Língua Portuguesa, desta Gerência, e da Profa. Dr. Marisa Magnus Smith, Coordenadora de Língua Portuguesa do Setor de Vestibulares, ambos da Faculdade de Letras. Foi decisivo, para o sucesso do empreendimento, o apoio das  Pró-Reitorias de Administração, de  Ensino de Graduação e de Pesquisa e Pós-Graduação.

     A GERÊNCIA DE WEB caracteriza-se, assim, não apenas como um portal de interação entre a Universidade, a comunidade acadêmica e o público externo, mas também como uma agência permanentemente atenta às novas necessidades que o fortalecimento da imagem da Instituição e a comunicação com seus vários públicos impõem, um imperativo para o enfrentamento de novos desafios, tanto internos quanto externos.

Concordância Verbal

A regra básica da concordância verbal manda que o verbo concorde com o sujeito gramaticalmente. O verbo, porém, pode concordar, por atração. Pode, ainda, deixar de concordar com o sujeito, para concordar com o predicativo.
A) Quando os substantivos são sinônimos ou têm sentidos aproximados, o sujeito, embora composto, pode deixar o verbo no singular:
a) “O medo e a covardia destrói a auto-estima.”
 b) “A pureza e a inocência ainda comove.”
B) Quando o sujeito composto está posposto (após o verbo), o verbo pode concordar apenas com o mais próximo, por atração:
a) “Morava ali o fazendeiro e as filhas.”
 b) “Morreu o jumento e todas as ovelhas, por causa da seca.”
C) Se o sujeito composto contiver pronomes pessoais, a Norma aconselha que o verbo concorde, no plural, com o núcleo pronominal que for mais predominante. A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª:
a) “Ele e teu pai são sócios.” (3ª pessoa com 3ª pessoa)
 b) “Sereis amaldiçoados vós e vossa geração.” (2ª pessoa e 3ª pessoa)
 c) “Tu e ela decidireis tudo juntos.” (2ª pessoa e 3ª pessoa).
 d) “Seremos felizes tu e eu.” (2ªº pessoa e 1ª pessoa)
D) “No caso de o sujeito composto possuir núcleos unidos pela conjunção ou, o verbo concordará com o núcleo mais próximo, se essa conjunção indicar retificação ou exclusão:
a) “O culpado ou os culpados serão punidos.”
 b) “O pai ou a mãe ficará com a criança, após o divórcio.”
Obs. Se a idéia expressa no verbo puder se referir a qualquer dos núcleos, indiferentemente, o verbo irá para o plural:
a) “Uma maçã ou uma pêra me satisfariam neste momento.”
E) Quando o sujeito composto tem núcleos unidos pela conjunção com, o verbo pode ficar no singular, por atração com o núcleo singular, que queremos enfatizar:
a) “Abandonou a fazenda o sertanejo com todos os filhos.”
 b) “Leonardo, com seus colegas, pichou a parede da sala.”
F) Se o sujeito composto tiver os núcleos unidos pela conjunção nem, o verbo ficará no singular, se a idéia expressa pelo verbo se refere apenas a um dos núcleos e não pode se referir aos dois:
a) “Depois do divórcio, nem o pai nem a mãe ficará com a criança.”
 b) “Nem Conde nem Cabral será eleito prefeito.”
Obs. Se a idéia puder se referir a qualquer um dos núcleos, o verbo ficará no singular ou no plural:
a) “Nem o Valle nem o Bittar será eleito deputado (= nem o Valle será nem o Bittar será...)
 b) “Nem o Valle nem o Bittar serão eleitos deputados.”
G) Sujeito composto com núcleos correlacionadas pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Se quiser enfatizar o núcleo mais próximo, deixe o verbo no singular:
a) “Não só o professor, mas também o médico merecem as atenções do Governo.”
 b) “Não só o professor,  mas também o médico merece as atenções do Governo.”
H) O verbo ficará no singular se o sujeito é um substantivo coletivo no singular:
a) “O pelotão descansou após a batalha.”
 b) “O enxame penetrou na sala.”
Obs. Caso o sujeito coletivo tenha substantivo no plural, o verbo ficará gramaticalmente no singular, mas poderá ficar no singular, se a intenção for enfatizar a ação individual dos elementos da expressão coletiva:
a) “Um enxame de abelhas invadiu a casa.”
 b) “O enxame de abelhas invadiram a casa, por todos os lados.
Obs. Há uma diferença se sentido no verbo invadir. Em “a” você imagina o enxame entrando em massa. Em “b”, imaginamos o enxame disperso, as abelhas não são vistas como um enxame. Podem ser vistas, individualmente, em todos os lugares da casa.
I) As expressões a maior parte, grande número etc deixam  o verbo gramaticalmente no singular, mas pode levar o verbo a concordar, por atração, no plural, com o substantivo, se houver substantivos nessas expressões coletivas:
a) “A maior parte faltou à aula.”
 b) “A maior dos alunos faltou à aula.
 c) “Grande número de peixes morreram com a poluição”.
 d) “Grande número de peixes morreu com a poluição.”
J) Com as expressões um e outro, nem um nem outro, o verbo pode ficar no singular ou no plural, indiferentemente.
a) “Um e outro merece / merecem o presente.”
 b) “Nem um nem outro compareceu / compareceram à reunião.”
L) A expressão um ou outro deixa o verbo no singular:
a) “Um ou outro remédio lhe fará bem.”
 b) “Uma ou outra jovem aceitará sua companhia.”
M) Com a expressão um dos que, o verbo deve ficar no plural. Essa expressão indica que algo ou alguém se destaca de um grupo de coisas ou pessoas.
Atualmente há uma tendência em deixar o verbo no singular, por atração com a palavra um:
a) “Geraldo é um dos que mais trabalham por essa escola.”
 b) “O Colégio Carmela Dutra é um dos que mais se esforçam para educar o aluno.”
A concordância feita gramaticalmente se baseia, por exemplo, na letra “a”, no fato de que várias pessoas trabalham muito pela escola, e que Geraldo é uma dessas pessoas.
N) A expressão mais de um deveria deixar o verbo gramaticalmente no plural, mas, como no item anterior, há uma tendência em se deixar o verbo no singular, por atração com a palavra um:
a) “Mais de um aluno ficou em recuperação.”
 b) “Mais de um aluno ficaram em recuperação.”
Às vezes, a idéia de plural dessa expressão fica mais evidente quando há reciprocidade.
Neste caso, a concordância por atração seria inadmissível: o verbo tem de ficar no plural:
a) “Mais de um deputado se agrediram na Câmara.”
 b) “Mais de uma candidata se abraçaram após a divulgação do resultado.”
O) Embora a Norma Culta aconselhe que, no casos de expressões com pronomes pessoais, a concordância se faça com a pessoa gramatical que prevalecer, ela aceita a concordância por atração.
Nas expressões quais de vós e alguns de nós, por exemplo, há pessoas gramaticais diferentes dentro de cada uma delas: quais (3ª pessoa do plural) e vós (2ª pessoa do plural); alguns (3ª pessoa do plural) e nós (1ª pessoa do plural):
a) “Quais de vós aceitareis essa verdade ?”
 b) “Quais de vós aceitarão essa verdade ?”
 c) “Alguns de nós faremos tudo para aprender.”
 d) “Alguns de nós farão tudo para aprender.”
 e) “Quantos de nós não teremos amado em vão ?”
 f) “Quantos de nós não terão amado em vão ?”
Em “a”, “c” e “e”, a concordância se faz, gramaticalmente, com aquela pessoa gramatical que, de conformidade com a Norma Culta, deve prevalecer. Nos demais exemplos, a concordância se faz por atração com o pronome indefinido interrogativo.
P) Na situação de sujeitos, o pronome quem leva o verbo, gramaticalmente, à 3ª pessoa, e que deixa o verbo na mesma pessoa em que estiver o nome antecedente:
a) “Eras tu quem sonhava com esta viagem.”
 b) “Somos nós quem se encarregará disso tudo.”
 c) “És tu que mereces o prêmio.”
 d) “Fui o primeiro que terminou a prova.”
Essa regra não é rígida:
a) “Sou eu quem paga isso.” (concordância gramatical)
 b) “Sou eu quem falo agora.” (concordância por atração com o sujeito da oração anterior).
Q) Alguns nomes próprios locativos, embora estejam no plural, se referem a um local único ou unificado. Estados Unidos, Países Baixos, Campinas,  Minas Gerais, Campos Elísios, Laranjeiras, Ramos,  Umbuzeiros etc. Alguns desses nomes ainda guardam o sentido de unificação de unidades distintas. Nesse caso, até hoje aceitam o artigo plural.
São exemplos em que o sujeito leva o verbo ao plural:
a) “Os Estados Unidos não aceitam mais imigração de mexicanos.”
 b) “Os Países Baixos não exportam mais tais produtos.”
Os demais nomes citados não têm artigo pluralizados e isso deixa claro que não se trata de um conjunto de coisas, embora tenham forma de plural. Sabemos que, enquanto Estados Unidos é um locativo que lembra a união de diversos estados confederados, os demais nomes são simples denominações de locais considerados unidades indecomponíveis.
Deixam, portanto, o verbo no singular:
a) “Campinas não fica tão distante.” (nome de cidade)
 b) “A Umbuzeiros ficou alagada.” (nome de rua)
 c) “Laranjeiras foi prejudicado pelas obras.” (nome de bairro)
A concordância não se faz com a palavra, mas com a idéia de localidade: “A cidade (Campinas)...”; “A Rua (Umbuzeiros)...”; “O bairro (Laranjeiras)...”
No caso de título de obras (livro, jornal, filme, peça teatral, novela, programa de rádio ou TV) esses títulos, ainda que tenham forma de plural , deixam o verbo no singular. O fato de terem artigo plural não muda essa regra: o verbo estará concordando com a idéia singular de romance, jornal, filme etc):
a) Os Lusíadas emociona os portugueses até hoje”.
 b) “Bonés é acentuado graficamente.”
 c)Paulo Afonso foi considerada um monumento nacional.”
 d)Os Trapalhões hoje começará  às oito horas.”
 e)Dois-pontos não será empregado nessas frases.”
 f)Quatro-olhos não larga os livros nunca.”
Essa concordância que se faz, não com apalavra presente na frase mas com uma idéia, é chamada de concordância ideológica. Os nomes destacados em negrito são formas resumidas:  obra Os Lusíadas, palavra bonés, cachoeira  Paulo Afonso,  programa Os Trapalhões, sinal dois-pontos, menino quatro-olhos (= de óculos).
Quando exemplos como esses aparecem com o verbo concordando, no plural, não se trata então de título de coisas ou pessoas, mas sim da pessoa ou coisa em si.
Aí a concordância se faz gramaticalmente:
a) “Bonés possuem abas.”
 b) “Os lusíadas inspiravam Camões.” (= os portugueses).
 c) “Os trapalhões desembarcam hoje no Galeão.”
 d) “Os dois pontos darão a vitória ao Flamengo.”
 e) “Do quarto dos gêmeos, quatro olhos olhavam fixamente para mim.”
R) Você já aprendeu que, se um verbo é impessoal, ele não tem sujeito, e se não tem sujeito, não ficará no plural como se tivesse concordando com um sujeito.
Então vamos apenas acrescentar o seguinte: o auxiliar de um verbo impessoal fica também impessoal, no singular:
a) “Devia haver nesse cofre dois mil reais.”
 b) “Deve fazer dois anos que ele se formou.”
S) A expressão de realce é que não interfere na concordância entre o sujeito e o verbo:
a) “Nós é que sabemos a verdade.”
 b) “As crianças é que falam com sinceridade.”
T) Com as expressões comparativas bem como, assim como, como, há sujeito composto. O verbo concordará com o primeiro núcleo, pois a intenção é destacar esse núcleo:
a) “O saci, bem como a mula-sem-cabeça, não existe”.
 b) “Paulo César, como seu pai, se formou em Biologia.”
Se, contudo, a intenção não é comparar, mas englobar os dois núcleos, o verbo irá para o plural:
a) “Tanto Paulo quanto Francisco conseguiram aprovação.”
 b) “A matemática bem como a Filosofia devem ser estudadas.”
U) Verbos que indicam marcação de horas, como bater, soar, dar, concordam com o número de horas indicado no sujeito:
a) “Iam dar duas horas.”
 b) “Naquele momento, começaram a bater as seis horas.”
 c) “Soavam as dez horas, quando cheguei.”
 d) “Bateram nove horas na torre da igreja.”
Se o sujeito for expressões como relógio, sino, o verbo concordará com elas:

Portal São Franscico

sexta-feira, 30 de março de 2012

Introdução à Literatura Grega Antiga

Antes de começar a estudar Homero é necessária uma mínima introdução à literatura grega antiga como um todo. Abaixo estão dadas de forma muito sintética e até esquemática as coordenadas iniciais para uma aproximação à leitura da Ilíada.
 
O Legado Clássico

O Legado Clássico, ou Herança Clássica, que recebemos da Antigüidade Greco-latina poderia ser sintetizado em quatro grandes temas:
1) Os gregos e romanos criaram e aperfeiçoaram os maiores gêneros da literatura ocidental e influenciaram fortemente muitas literaturas posteriores, especialmente a partir do Renascimento;
2) Criaram sistemas políticos e jurídicos que desenvolveram os princípios da justiça, liberdade política e democracia;
3) A filosofia grega é o fundamento do pensamento ocidental; especialmente por meio de Platão e Aristóteles;
4) Suas artes plásticas (pintura, cerâmica, escultura) e arquitetura continuam a atrair a admiração depois de mais de 2.000 anos.

  Fases da Literatura Grega Antiga

As obras da literatura grega antiga são datadas entre o séc. VIII a.C. e o séc. IV d. C., ou seja, aproximadamente 1200 anos de tradição literária ininterrupta. No curso nos concentraremos especificamente no Período arcaico, quando foi composta a Ilíada.
1) Período Arcaico (séc. VIII-VI a.C.)
No período arcaico da história grega surgem dois importantes gêneros literários, que terão continuidade até os dias de hoje, a poesia épica e a poesia lírica.
- A Poesia Épica (séc. VIII a.C): se conservam nela reminiscências que remontam à Guerra de Tróia e à época micênica (séc. XII a.C.). É poesia épica a epopéia homérica, representada nos dois poemas, a Ilíada e Odisséia. Tradicionalmente vinculada a poesia épica está também a Teogonia, de Hesíodo, e seu poema didático, Os Trabalhos e os Dias.
- A Poesia "Lírica" (séc. VII e VI a.C.): Representada por autores como Alceu, Safo, Estesícoro, Alcmano, etc... Surge junto com a filosofia dos pré-socráticos (Tales, Heráclito, Parmênides, Demócrito, etc...). Estas são as primeira obras em prosa, embora alguns filósofos também utilizassem a poesia. A poesia era a única forma de expressão literária.
2) Período Clássico (séc. V-IV a.C.)
Tradicionalmente o período é delimitado por dois acontecimentos marcantes. Se inicia em 480 a.C., com a vitória dos gregos sobre os persas. E finaliza em 338 a.C., com Filipe da Macedônia, o pai de Alexandre, conquistando Atenas.
- séc. V a.C.: O chamado "Século de Péricles", quando Atenas é a mais importante cidade e grande centro cultural da Grécia.
Temos nas letras o desenvolvimento do Teatro (tragédia), com os três grandes autores, Ésquilo, Sófocles, Eurípides, e da História, com Heródoto e Tucídides.
- séc. IV a.C: É quando surge a filosofia de Platão e Aristóteles, a Comédia chega ao seu ápice com Aristófanes e a Oratória ganha destaque com Ésquines e Demóstenes.
3) Período Helenístico (338 a.C - 30 a.C) e Greco-Romano
Se inicia com a hegemonia macedônica sobre a Grécia, devido as conquistas de Alexandre, o Grande. Outros centros de atividade, como Alexandria e Pérgamo, substituem Atenas. Novos gêneros são criados, como a novela. Roma conquista a Grécia e recebe sua influência, que retransmite para o mundo, especialmente nas regiões orientais. Autores como Apolodoro (mitógrafo), Menandro (comediógrafo), Calímaco (poeta lírico), são representativos dessa época. A épica ressurge com Apolônio de Rodes, autor da Argonautica. É nesse período que, primeiro, o Velho Testamento é traduzido do hebraico para o grego e, mais tarde, o Novo Testamento é escrito em grego koiné, um dialeto derivado do grego ático
 
O que caracteriza a literatura grega?

Poderíamos dizer que, de uma forma muito geral, a literatura grega antiga apresenta três grandes características:
CRIATIVIDADE + PARTICULARIDADE + UNIVERSALIDADE
1º) CRIATIVIDADE: uma extraordinária capacidade de invenção, de descoberta, de renovação. Nela se vê surgir muitos gêneros literários novos: lírica, tragédia, comédia, história, filosofia, biografia, novela. Esta capacidade criativa paradoxalmente aparece em uma pequena região, à margem das grandes civilizações, como o Egito e a Pérsia. Por tanto, esta literatura que hoje chamamos de "clássica" não foi nada estável ou imóvel em sua época.
2º) PARTICULARIDADE: uma literatura fortemente ancorada na vida coletiva. O autor é antes de tudo um membro de sua comunidade, e mais tarde, um cidadão de sua cidade, e cria para ela. A vida política está fortemente presente nas obras da literatura grega, e por esse motivo sempre devemos nos ocupar do seu contexto histórico.
3º) UNIVERSALIDADE: a pesar dessa particularidade, a literatura grega antiga apresenta um aspecto mítico, no sentido de tocar em temas fundamentais da existência humana. Sua força simbólica continuou agindo sobre leitores distantes no tempo e no espaço, pois levanta questões que transcendem os limites da sua particularidade. Os mitos gregos tem ligações com experiências e sentimentos pré-históricos e que constituem patrimônio de toda a Humanidade. É uma das portas a este fundo humano e, se não é a única via de acesso a esta experiência ancestral, já que temos as vias da literatura oriental ao seu lado, é a mais bem documentada. Em toda obra grega encontramos questões que transcendem os limites do tempo e do espaço, como Morte/Vida, Família, Sexualidade, Indivíduo/Coletividade, Dor/Prazer, Violência/Paz, etc...
 
O que chegou até nós da literatura grega?

Infelizmente muito pouco, embora esse pouco tenha uma extraordinária qualidade.
Para termos uma idéia de como muitos textos gregos se perderam ao longo desses séculos que nos separam, vejamos o caso de apenas um gênero literário, a tragédia. Chegaram até nós, por diversas fontes, os nomes de 150 autores de tragédias gregos, mas com exceção de alguns raros fragmentos, chegaram até nós obras completas de apenas três: Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
Mas isso não é tudo. Mesmo as obras que chegaram destes três autores são apenas uma pequena parte de sua obra completa. Sabemos que Ésquilo escreveu 72 obras teatrais, mas somente chegaram até nós sete. Sófocles, segundo dizem, escreveu 123, das quais conhecemos efetivamente apenas sete. De Eurípides conhecemos apenas 19 do total das 92 atribuídas a ele.
Embora Homero seja o primeiro autor que chegou até nós, certamente havia outros poetas épicos antes dele, dos quais nenhuma obra inteira sobrviveu.

Portanto, realmente nunca teremos uma idéia completa do que foi a literatura grega. O que temos é um pouco como os destroços desse grande e lento naufrágio de uma literatura que se extendeu do séc. VIII a.C. ao séc. IV d.C, ou seja, aproximadamente 1200 anos.
  A importância da literatura grega nos dias de hoje
O contato com essa tradição literária nos ensina que "os seres humanos são apenas parte, embora a mais consciente, da teia da vida". Para os gregos fazemos parte de um todo superior, regido por deuses, que dá sentido a nossa vida.

A aproximação da literatura grega nos ajuda a escapar do perigo de um provincianismo estreito, que ao invés de nos dar uma visão mais clara de nossa realidade, apenas a distorce. Ler os gregos significa fugir desta atualidade que nos impinge um eterno presente, para depois retornarmos com uma nova visão ao nosso próprio tempo. Se parece em certo sentido a viajar até um país estrangeiro exótico. No início nos sentimos um pouco desconfortáveis, talvez até arrependidos de ter viajado até esse lugar estranho, nada familiar, mas depois, com o tempo, nos acostumamos às diferenças e por fim desfrutamos da experiência que enriquecerá um pouco mais a nossa vida..
A Antiguidade Clássica não é simplesmente algo pelo qual alguns seres humanos passaram a muito tempo, mas sim algo que nos permite ver a situação contemporânea sob uma nova perspectiva, mais válida do que a das literaturas provincianas. Aliás, estas por sua vez sempre foram beber nesta fonte. Veja por exemplo a irônia do pequeno poema Dança da Chuva, de Paulo Leminsky

Fonte:

 logosphera

quarta-feira, 28 de março de 2012

Literatura Definição e gêneros

Existem alguns textos que têm características muito especiais. São os chamados textos literários. Eles fazem parte da literatura.

São os poemas, os contos, as crônicas, os romances, as peças de teatro, entre outros. Os textos literários são obras de arte feitas com palavras. Ao criar um poema ou um conto, o escritor está usando as palavras de uma forma criativa.


Há várias maneiras de classificar os textos literários. Podemos classificar os textos literários pelo fato de serem escritos em prosa ou em verso. Um poema geralmente é um texto escrito em versos. Um conto geralmente é um texto escritos em prosa.


Dizemos que os textos pertencem a determinado gênero literário quando apresentam certas características em comum. A classificação da literatura em gêneros uma das mais antigas formas de classificação.



Gêneros literários
Em linhas gerais, os gêneros literários são o gênero lírico, épico e dramático.


•O gênero lírico é formado por poemas de pouca extensão em que uma voz central (um Eu lírico ou Eu poético) se exprime (na lírica não há personagens nítidas). Nesse gênero, o autor cria um Eu lírico e escreve em versos. Verso é aquela coisa que muda linha antes que a página tenha terminado, segundo o escritor Umberto Eco.

O poema "Autopsicografia", de Fernando Pessoa, pertence ao gênero lírico:



O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. (...)



•O gênero épico é formado por obras (em verso ou em prosa) de extensão maior, em que um narrador apresenta personagens envolvidas em situações e eventos.

As obras que pertencem ao gênero épico são as narrativas. Nos textos narrativos o narrador apresenta ao leitor um universo ficcional. Entre os textos ficcionais, os mais conhecidos são o conto, a novela e o romance. O conto seria o mais curto dos três, o romance o mais longo e a novela teria uma extensão intermediária.


O conto "Um apólogo", de Machado de Assis, pertence ao gênero épico. Veja um trecho:



Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que você está com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
- Deixe-me senhora.
- Que a deixe? Que a deixe por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e o falarei sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? (...)




•O gênero dramático é formado por obras dialogadas em que as próprias personagens atuam, sem serem, em geral, apresentadas por um narrador. No teatro, o autor desaparece de cena, deixando as personagens viverem a ação e se comunicarem através do diálogo. Observe este diálogo entre Custódio e Ernesto, personagens da peça "Verso e Reverso", de José de Alencar:


CUSTÓDIO (cumprimentando) – Como tem passado? Que há de novo?
ERNESTO (ao ouvido) – Que não estou disposto a aturá-lo. (Sai.)
[ Custódio fica pasmo no meio da cena; cai o pano.]




As falas que estão entre parênteses e entre colchetes pertencem ao autor do texto. Chamam-se rubricas. Rubricas são anotações que indicam como se desenvolve a cena, para o diretor e os atores saberem como representá-la.


Se deixarmos apenas as falas de Custódio e Ernesto, o diálogo ficaria assim:


CUSTÓDIO - Como tem passado? Que há de novo?
ERNESTO - Que não estou disposto a aturá-lo.


Textos narrativos

Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo.

Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.

Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
Epopeia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.

Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.

Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.

Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.

Outros Generos

Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Shakespeare.

Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas Noites Nupciais.

Sátira: é um texto de caráter ridicularizador, podendo ser também uma crítica indireta a algum fato ou a alguém. Uma piada é um bom exemplo de sátira.

Farsa:  é um texto onde os personagens principais podem ser duas ou mais pessoas diferentes e não serem reconhecidos pelos feitos dessa pessoa.

Tragédia:  representa um fato trágico e tende a provocar compaixão e terror.
Poesia de cordel - texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida beijos por aquele povo.

Géneros literários e géneros jornalísticosUma revisão teóricadeconceitos



Fonte:

UOL Educação

terça-feira, 27 de março de 2012

Escolas Literárias do Brasil

Biografias dos maiores autores de nossa língua.
Biblioteca Virtual de Literatura 


Quinhentismo (século XVI)

Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.

Barroco ( século XVII )

Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual.  Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.

Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII )

O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.

Romantismo ( século XIX )

A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.

Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX )

Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.
Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX )
O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

Simbolismo ( fins do século XIX )
Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.

Pré-Modernismo (1902 até 1922)

Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.

Modernismo (1922 a 1930)

Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.

Neo-Realismo (1930 a 1945)

Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.

Fonte:

Pesquisa.com

quinta-feira, 22 de março de 2012

Resenha e Resumo

1. Definições

Resenha-resumo:
     É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.

Resenha-crítica:
     É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.


2. Quem é o resenhista

     A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.


3. Objetivo da resenha

     O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.


4. Veiculação da resenha

     A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.


5. Extensão da resenha

     A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.


6. O que deve constar numa resenha

Devem constar:
  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica
Fonte:

PUC

Resumo

Antes de mais nada, vale dizer que um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma crítica, assim como a resenha o é; o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais importante em determinado texto.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
  1. as partes essenciais do texto;
  2. a progressão em que elas aparecem no texto;
  3. a correlação entre cada uma das partes.
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das idéias.

Fonte:

Lendo.org

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

Narração

Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano.

Descrição

Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.

Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

Exposição

Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica, avalia e reflete (analisa ideias). Não faz defesa de uma ideia, pois esta é característica do texto dissertativo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A mescla do texto expositivo com o texto narrativo, obtem-se o que conhecemos por relato.

Ex: Aula, relato de experiências, etc.

Informação

O Texto informativo tem a função de informar o leitor a respeito de algum fato, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Diferencia-se do texto expositivo por não expor ideias. O texto informativo informa algo, expõe uma informação, e pode apresentar uma análise desta informação implícita no texto, porém jamais faz uma análise imparcial nem defende alguma ideia. Características Básicas são: uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa e predominío da linguagem clara.

Ex: ensaios, artigos científicos, notícia, etc. sera que é so isso?

Injunção

Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo.

 Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.


Outros Tipos de Textos

Não há outros tipos de texto senão os citados acima. Ao contrário do que se imagina, existem apenas 6 tipos textuais. Diálogo, relato, entrevista, explicação, entre outros, são Gêneros Textuais.
Poesia e Prosa são Formas Literárias ou Formas Textuais.
Texto épico, dramático e lírico são Gêneros Literários.

Geralmente, percebe-se uma confusão entre os conceitos de 'Gênero Textual' e 'Tipo Textual'. Existem apenas 6 tipos de textos, que são os citado acima. Tipo de texto ou tipo textual é o conteúdo do texto e o formato padrão comum dele. Gênero textual é a forma variada do texto. Um gênero textual não tem quantidade limitada: pode surgir um novo a qualquer momento. Qualquer pessoa pode "criar" um novo gênero textual, porém tipo não. Só são identificados seis modalidades redacionais, que são justamente os seis tipos textuais citados acima.


Fonte:

Wikipédia


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Resumo do Livro O Nome da Rosa

Umberto Eco
Ficção de estreia de Umberto Eco, "O Nome da Rosa" é um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327. Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites. Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.

Síntese
Ficção de estreia de um dos mais respeitados teóricos da semiótica, "O Nome da Rosa" transformou-se em prodígio editorial logo após seu lançamento, em 1980.

Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327.

Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites.

Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro - a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.

Narrado com a astúcia e a graça de quem apreciou (e explicou) como poucos as artes do romance policial, "O Nome da Rosa" encena discussões de grandes temas da filosofia europeia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção.

O livro de Eco é ainda uma defesa da comédia - a expressão do homem livre, capaz de resistir com ironia ao peso de homens e livros.

Significado do Titulo do Livro: Nome da Rosa

(1) Mas persiste a interrogação sobre o título. Eco, disciplinador que tenta se disfarçar de perturbador de interpretações, assim se pronuncia sobre ele, em seu Pós-Escrito ao Nome da Rosa:

A idéia de O nome da rosa veio-me quase por acaso e agradou-me porque a rosa é uma figura simbólica, tão densa de significados que quase não tem mais nenhum: rosa mística, e rosa ela viveu o que vivem as rosas, a guerra das duas rosas, uma rosa é uma rosa é uma rosa, os rosa-cruzes, grato pelas magníficas rosas, rosa fresca cheia de olor. Isso acabaria despistando o leitor, que não poderia simplesmente escolher uma interpretação; e ainda que tivesse percebido as possíveis leituras nominalistas do verso final, já teria chegado justamente ao final, após ter feito as mais variadas escolhas. Um título deve confundir as idéias, nunca discipliná-las.
A palavra, o nome, essa entidade dotada do cosmológico potencial de criar mundos e verdades, persiste, para além de todo o resto. "O Nome da Rosa" era justamente uma expressão medieval que conotava o infinito poder das palavras.

(2) A expressão "O nome da Rosa" foi usada na Idade Média significando o infinito poder das palavras.  A " rosa" de então, centro real desse romance, é a antiga biblioteca de um convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.
(http://comunidade.sol.pt/blogs/olindagil/archive/2008/05/22/O-CINEMA-NA-EDUCA_C700C300_O-_2D00_-O-NOME-DA-ROSA.aspx





Veja também:


  • Biografia




  • Teste seus conhecimentos




  • Trechos da obra




  • Fonte:

    Vestibular UOL

    VOCÊ SABIA?

    VOCÊ SABIA? A logo do Bluetooth é a união das runas nórdicas Hagall e Berkanan, correspondentes às letras H e B do nosso alfabeto, sendo tam...