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terça-feira, 13 de maio de 2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

Manifestações culturais dirigidas e espontâneas

CONCEITO

 “Forma de intervenção na dinâmica da cultura que se realiza de cima
para baixo, das instituições e dos agentes culturais para a coletividade
ou público a que se voltam, sem que sejam estes consultados sobre as
suas necessidades ou desejos.”

“Políticas culturais dirigistas partem de diagnósticos elaborados pelos
agentes culturais com base num quadro de referências previamente
determinadas. Assim, quando começaram a ser implantadas na França
ao final dos anos 50, as casas de cultura colocaram-se um tríplice
objetivo: democratizar o acesso à criação; armar as pessoas contra a
exploração mercantil de criação; combater o nivelamento cultural e a
dominação engedrada pela civilização do consumo.

IMPLICAÇÕES

“O agente cultural costuma responder com sua proposta de ‘um pouco
do diferente’.”

“ As políticas culturais dirigistas de fato representam-se como num
estado de luta contra uma determinada situação cultural; sinal disto são
os três verbos ou palavras de ordem que exprimem os objetivos das
casas de cultura francesas: armar, combater e democratizar. No campo
cultural há sempre, parece, uma guerra a ser travada”.

Uma guerra contra uma cultura mercantilizada e reificante;

 contra uma cultura estratificada ou imobilizada, incompátivel com
alegados interesses maiores da comunidade;

Contra a parcela dos detentores de uma arte e uma cultura a que
supostamente não querem partilhá-lhas com os culturalmente despossuídos
(distinção) […]

O fato, contra aqueles mesmos que seriam beneficiados por determinada
política cultural mas que a ela se mostram resisitentes ou, mesmo,
refratários e que devem portanto ser sensibilizados para a direção visada;

PAPEL DOS AGENTES CULTURAIS

“Tende a ficar claro atualmente entre os agentes culturais que:

1.) no campo da cultura, a oferta é que determina a procura, mais do que o
inverso – e portanto, um certo grau de dirigismo é inevitável;

2.) programas culturais sustentando por políticas culturais públicas devem
destinar-se àqueles modos e práticas culturais habitualmente pelas diversas
ramificações da indústria ou do mercado cultural – e novamente o dirigismo
surge como etapa incontornável;

3.) o agente cultural, […], tem suas responsabilidades públicas próprias e não
pode furtar-se a elas limitando-se a ser um elo passivo na corrente de
transmissão dos desejos do público ou da comunidade a que deve atender.
Assim, algum grau de interveção, de dirigismo, parece inerente a toda
política cultural.

DISCUSSÃO 
“Uma ação cultural espontânea só pode, talvez, ser esperada ou ter 
sucesso quando o que está em jogo é a cultura popular – ou, como esse 
termo já adquiriou outros sentidos, quando a questão é folclore […].” 
 
“Nesse caso, então, não se poderá falar propriamente em ação cultural 
que por natureza só existe quando a comunidade não é mais capaz de 
administrar a concretização de seus próprios mitos ou desejos.” 
 
“[…] Quase ninguém mais reconhece nesse tipo de prática a modalidade 
mais apta a dar conta da variedade e complexidade da vida atual, o que 
leva a tentativa de fazer com que as coletividades ‘se sensibilizem’para 
outras formas culturais.” 

CULTURA AUTÔNOMA 
 
“Na cultura autônoma, […], o indivíduo ou o grupo tem pleno controle 
sobre os componentes culturais envolvidos e, portanto, capacidade para 
produzir ou reproduzir o produto ou forma cultural correspondente.” 
 
“Na atualidade, […] numa época dita de globalização, com as diferentes 
culturas sendo colocadas num contato íntimo sem precedentes, é tarefa 
extremamente árdua identificar em que medida uma cultural é 
apropriada o imposta ou saber até que ponto uma cultura é autônoma.”

TIPOS 
 
 Manifestações populares 
(festas religiosas, manifestações musicais, artesanais) 
 
 Movimentos culturais jovens 
(movimentos artísticos, coletivos artísticos, ações coletivas, práticas de lazer etc) 
 
 Movimentos identitários de minorias (étnicas, de genero etc) 
(promoção de práticas voltadas para afirmação identitária, reconhecimento e 
convivio social)

PAPEL DO AGENTE CULTURAL 
 
 Apoio: 
 
- financeiro 
- cessão de espaço 
- açoes de legimitação 
- divulgação

Bibliografia 
 
 COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de políticas culturais: cultura e 
imaginário. São Paulo: Iluminuras/Fapesp, 1999. 
 
 ______. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001. (Coleção 
Primeiros Passos, 216).


terça-feira, 11 de março de 2014

Fabricação Cultural

CONCEITO

 “Processo de mediação cultural com ponto de partida, etapas
intermediárias, fim e finalidade previstos.”

“Tem por meta, alternativa ou cumulativamente, a transmissão de
conhecimentos e técnicas determinadas;”

 “A formação de uma opinião cultural específica;”

 “A conformação de um modo de percepção ou a produção de uma
obra cultural previamente estipulada;”

APLICAÇÃO

 A expressão fabricação cultural assume assim um tom pejorativo e com
esse alcance é empregada quando se faz referência , por exemplo, aos
programas culturais promovidos por governos totalitários , como
durante o período do Estado Novo no Brasil, no nazismo na Alemanha e
do fascismo na Itália. Programas culturais inspirados em ideias religiosas
assumem igualmente o modo de fabricação cultural, em especial
quando existe uma identidade entre o poder de Estado e o poder
religioso.”

 Opõe-se, neste sentido, à ação cultural, processo de invenção e
construção conjunta, entre mediadores e público, dos fins e meios
culturais visados, não raros definidos apenas no decorrer do próprio
processo. Políticas culturais que respeitam os interesses dos indivíduos ,
públicos e comunidades optam por programas de ação cultural.

EXEMPLOS: 
 
 Política do espírito – Brasil – décadas de 1930/40 – Estado Novo 
 (uso da cultura como meio de propaganda; os movimentos culturais deviam 
ser orientados no sentido de glorificar o regime e o governante) 
 
 Centro Popular de Cultura (CPC) – Brasil – década de 1960 
 (divulgação e promoção das ideias marxcistas) 
 
 Política cultural peronista – Argentina - décadas de 1940/50 
 (apropriação (por meio de incentivos, intervenções e apoios) das manifestações 
 e instituições culturais argentinas)

Animação Cultural

CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

 “A animação cultural foi um dos intrumentos básicos da organização e
promoção do lazer entendido não como simples ocupação do tempo mas
como utilização instruída ou esclarecida do tempo livre.”

 “Consistia em atividades de iniciação do público às artes eruditas, na
condição de espectador, e a práticas culturais e artísticas a seu alcance,
geralmente como amadora (pintura, cerâmica, teatro amador etc.)”

 “Incluia, ainda, programas como passeios turísticos, reuniões dançantes e
atividades esportivas.”

 “Além de uma utilização nobre do tempo livre, a animação cultural
procurava simultaneamente estimular as relações de conviviabilidade
imediata (sem maiores preocupações políticas) entre os membros de um
mesmo grupo ou categoria, como trabalhadores […] ou componentes de
uma coletividade específica (religiosa, étnica etc.)”

ESPECIFICIDADES

 “Diversamente da fabricação cultural, a animação cultural não visa
necessariamente à produção de um objeto de cultura, nem tem por
meta a transmissão de um conhecimento ou técnica específicos;
tampouco pretende, obrigatoriamente, formar uma opinião cultural,
estética ou ideológica.”

“Mas ao contrário da ação cultural, não se caracteriza pela criação das
condições a partir das quais seus receptores possam inventar seus
próprios fins, tornando-se sujeitos da ação. É antes, uma atividade que
se esgota no ato, não gerando necessariamente resíduos ou pontos de
partida para novos processos análogos ou diferentes.

Ação cultural

CONCEITOS 
 
 “Conjunto de procedimentos, envolvendo recursos humanos e 
materiais, que visam pôr em prática os objetivos de uma determinada 
política cultural.” 
 
“Para efetivar-se, a ação cultural recorre a agentes culturais 
previamente preparados e leva em conta públicos determinados, 
procurando fazer uma ponte entre esse público e uma obra de cultura 
ou arte.” 
 
A ação cultural pode voltar-se para cada uma das quatro fases, níveis 
ou circuitos do sistema de produção cultural: produção, distribuição, 
troca e uso (ou consumo).

Ação cultural de produção 
tem por objetivo específico concretizar medidas que permitam a geração 
efetiva de obras de arte ou cultura. 
 
Ação cultural de distribuição 
propõem-se criar as condições para que as obras de cultura ou arte entrem num 
sistema de circulação que lhes possibilite o acesso a pontos públicos de exibição 
(cinemas, teatros, livrarias, galerias, museus, bibliotecas etc.) 
 
Ação cultural voltada para a troca 
visa promover o acesso físico a uma obra de cultura ou arte por parte do público, 
de modo particular mediante o financiamento, no todo ou em parte, do preço 
da obra [preço de livros], ou de ingresso que a ela dá acesso (teatro, cinema 

Ação cultural voltada para o uso 
procura promover o pleno desfrute de uma determinada obra, o que envolve o 
entedimento de seus aspectos formais, de conteúdo, sociais e outros; para tanto, 
recorre a elaboração de catálogos, programas de apresentação de um 
espetáculo ou filme, palestras, cursos, seminários, debates etc. 
 
Ação cultural sob um ângulo específico 
defini-se a ação cultural como processo de criação das condições necessárias 
para que as pessoas e grupos inventem seus próprios fins no universo da cultura. 
[…]. Apresenta-se como o contrário da fabricação cultural, não é um programa 
de materialização de objetivos previamente determinados em todos os seus 
aspectos por uma política cultural anterior, mas um processo, que tendo um 
ínicio claro, não tem um fim determinado nem etapas intermediárias 
previamente estabelecidas. 

Ação cultural de serviços 
é, antes, uma forma de animação cultural que lança mão das diferentes 
modalidades de relações públicas, de propaganda ou de publicidade, com o 
objetivo de vender tal livro, tal espetáculo de teatro etc. ou de aproximar desses 
produtos um público (clientela) pouco receptivo, por motivos econômicos ou 
outros. 
 
Ação cultural de criação (ou ação cultural propriamente dita) 
propõe, diversamente, a fazer a ponte entre as pessoas e a obra de cultura ou 
arte para que , dessa obra, as pessoas possam retirar aquilo que lhes permitirá 
participar do universo cultural como um todo e aproximarem-se umas das outras 
por meio da invençãode objetivos comuns. Neste sentido, o termo criação é 
tomado em seu sentido mais amplo: não se refere apenas à construção de uma 
obra , à sua elaboração física, mas também ao desenvolvimento das relações 
entre as pessoas e uma obra – e das pessoas entre si por intermédio da obra – 
que lhes permitirão a apreensão mais larga possível do universo da obra e 
ampliação dos universos pessoais. 




(TEIXEIRA COELHO, 1999)


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Artigos de Pós Modernidade


A presença do autor ea pós-modernidade em antropologia

TP do Rio Caldeira - Novos estudos CEBRAP, 1988 - lw1346176676503d038. 

 Pós-modernidade ea ficção brasileira dos anos 70 e 80

BJ Chamberlain - Revista Iberoamericana, 1993 - revista-iberoamericana.pitt.edu

O território na transição pós-modernidade

P Claval - GEOgraphia, 2009 - uff.br

A declaração dos direitos humanos na pós-modernidade

JAL Alves - Revista da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo …, 1999 - egov.ufsc.br

Autoria e cultura na pós-modernidade

I Antonio - Ci. Inf., Brasília, DF, 1998 - SciELO Brasil

[PDF] para a Pós-modernidade

API da Modernidade - Psicologia Ciência e Profissão, 2004 - SciELO Brasil

A educação reflexiva na pós-modernidade: uma revisão bibliográfica

JB Gomes, LDR Casagrande - 2002 - repositorio.cbc.ufms.br

 Pesquisa, educação e pós-modernidade: confrontos e dilemas

BA GATTI - Cadernos de pesquisa, 2005 - SciELO Brasil
RESUMO Este artigo discute as contraposições de autor

A miragem da pós-modernidade: democracia e políticas sociais no contexto da globalizaçäo

S Gerschman, MLW Vianna - A miragem da pós-modernidade: …, 1997 - bases.bireme.br

A ideologia da pós-modernidade ea política de gestão educacional brasileira

IMS Zanardini - 2006 - bibliotecadigital.unicamp.br

 Violências e dilemas do controle social nas sociedades da" modernidade tardia"

JV Tavares dos Santos - São Paulo em perspectiva, 2004 - SciELO Brasil

 Culturas híbridas, poderes oblíquos

NG Canclini - … hibridas: estratégias para entrar e sair da modernidade, 1997 - ufrgs.br

pós-modernidade ea sociologia

GB Taschner - Revista USP, 1999 - revistas.usp.br

Teoria crítica e pós-modernismo: principais alternativas à hegemonia funcionalista

MMF Vieira, MP Caldas - Revista de Administração de Empresas, 2006 - SciELO Brasil

A universidade ea pós-modernidade: o panorama brasileiro

C Lessa - Dados, 1999 - SciELO Brasil

 AIdentidade DA MULHER NA MODERNIDADE

JA Vieira - 2005 - SciELO Brasil

 Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano

T DO IMAGINÁRIO - 2003 - followscience.com

 Modernidade e mescla cultural

B Sarlo - Risco: Revista de Pesquisa em Arquitetura e …, 2006 - revistas.usp.br


Cronologia da Idade Contemporânea


1789: Revolução Francesa: início da revolução com a tomada de Bastilha em Paris (14 de julho); Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é aprovada pela Assemmbléia Nacional Constituinte da França (26 de agosto) / George Washington é eleito primeiro presidente dos Estados Unidos da América. / Brasil: Inconfidência Mineira é abortada; Prisão de Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier). / Ciências: "Tratado Elementar de Química", de Lavoisier.
1790: Revolução Francesa: (maio) extinção dos direitos feudais; (julho) promulgada a Constituição Civil do Clero / A Bélgica declara-se independente. / Leopoldo II da Áustria sobe ao trono do Sacro Império Romano-Germânico e reprime a revolução dos Países Baixos austríacos. / Vancouver explora a costa noroeste da América. / Inglaterra: primeiro moinho movido a vapor. / Os navios começam a ser construídos com cascos de ferro. / Música: "A Flauta Mágica", de Mozart. / Filosofia: "Crítica do Juízo", de Kant.
1791: Início da Revolução Haitiana / Revolução Francesa: (abril) Morre o Conde de Mirabeau (Honoré Gabriel Riqueti); (agosto) destituição e prisão do rei Luis XVI. / Morre Mozart (Wolfgang Amadeus Mozart), compositor erudito clássico, em Viena-Áustria.
1792: Brasil: (abril) Tiradentes é enforcado em praça pública. / Revolução Francesa: (fevereiro) Aliança entre Áustria e a Prússia para combater a revolução; (setembro) Batalha de Valmy: derrota dos austro-prussianos; Proclamação da República.
1794: Revolta Polaca.
1796: Primeira vitória de Napoleão Bonaparte como comandante do exército francês.
1799: Termina a Revolução Francesa (9 de novembro).
1808: Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (24 de janeiro).
1810: Os Países Baixos são anexados por Napoleão (9 de julho).
1811: Declaração de independência da Venezuela (5 de julho).
1812 a 1815: Guerra de 1812 entre os Unidos Estados e o Reino Unido (18 de junho de 1812 a 23 de março de 1815).
1814: Primeira abdicação de Napoleão (6 de abril).
1815: Segunda abdicação de Napoleão (22 de junho).
1821: A Grécia é declarada independente (25 de março).
1822: Príncipe Pedro proclama a independência brasileira (7 de setembro). Príncipe Pedro é coroado como Imperador Pedro I do Brasil (1 de dezembro).
1825 a 1828: A Guerra da Cisplatina resulta na independência do Uruguai.
1839 a 1851: Guerra Civil Uruguaiana.
1840: A Nova Zelândia é fundada, como a Tratado de Waitagi é assinado por o maori e o britânico.
1848 a 1858: Corrida do ouro na Califórnia.
1859: A Origem das Espécies, de Charles Darwin, é publicada (24 de Novembro).
1861 a 1865: Guerra Civil Americana entre a União e a Confederação (12 de abril de 1861 a 9 de abril de 1865).
1865: Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos, é assassinado por um ator em Washington, D.C. (15 de abril).
1888: Lei Áurea é assinada pela Princesa Isabel e extingue todos os escravos no Brasil (13 de maio).
1914 a 1918: Primeira Guerra Mundial (28 de junho de 1914 a 11 de novembro de 1918).
1918: O primeiro caso confirmado da Gripe Espanhola é um soldado norte-americano em Kansas (4 de março).
1939 a 1945: Segunda Guerra Mundial (1 de setembro de 1939 a 2 de setembro de 1945).
1945: O primeiro teste atômico da história é realizado nos Estados Unidos (16 de julho). A Organização das Nações Unidas (ONU) é fundada (24 de outubro).
1945 a 1991: Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética.
1989: Ocorre a Queda do Muro de Berlim (9 de novembro).
1990 a 1991: Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 a 28 de fevereiro de 1991).
1991: A União Soviética é dissolvida (26 de dezembro).
2001: Quatro aviões comerciais sequestrados pelos terroristas islâmicos colidem contra as torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, uma parte do Pentágono no condado de Arlington, Virgínia e um campo próximo de Shanksville, Pensilvânia e matam 2.973 pessoas e 19 sequestradores (11 de setembro).
2004: Um terremoto no Oceano Índico, que provoca um tsunami, desvasta as costas dos países do Sudeste Asiático, causando a morte de 398.000 pessoas (26 de dezembro).

Cronologia da Idade Moderna


1453: Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (29 de maio).
1454: Inicia a Guerra dos Treze Anos (4 de fevereiro). O alemão Johannes Gutenberg desenvolve a imprensa.
1460: Os navegadores portugueses Diogo Gomes e António da Noli descobrem as ilhas de Cabo Verde (4 de maio).
1466: Termina a Guerra dos Treze Anos (19 de outubro).
1473: O astrônomo Nicolau Copérnico apresenta sua Teoria Heliocêntrica.
1488: O navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo da Boa Esperança. Grande marco da navegação pelo Atlântico em direção à Ásia.
1492: Navegando a serviço da Espanha, o genovês Cristóvão Colombo descobre a América (12 de outubro).
1494: Tratado de Tordesilhas. Espanha e Portugal dividem o Novo Mundo entre si (4 de junho).1
1496: D. Manuel I expulsa os judeus de Portugal (5 de dezembro).
1497: O navegador português Vasco da Gama parte para a Índia, atingindo-a em 1498 / O escultor Michelangelo esculpe a obra-prima Pietá.
1500: O navegador português, Pedro Álvares Cabral, descobre oficialmente o Brasil (22 de abril).
1503: Leonardo da Vinci pinta a obra-prima Mona Lisa.
1508: O humanista Erasmo de Roterdã escreve o livro Elogio da Loucura.
1513: O florentino Maquiavel escreve O Príncipe / O navegador espanhol Balboa atinge o Oceano Pacífico.
1516: O inglês Thomas Morus escreve Utopia.
1517: Martinho Lutero revolta-se contra a venda de Indulgências. Início da Reforma.
1519: O espanhol Hernán Cortés inicia a conquista do México / O navegador português Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem de circunavegação pelo mundo.
1520: Lutero é excomungado pelo papa Leão X.
1534: O parlamento inglês confirma a independência da Igreja Anglicana.
1536: O reformador religioso João Calvino publica a obra Instituição da Religião Cristã.
1540: O papa aprova a criação da Ordem dos Jesuítas.
1541: João Calvino consolida seu poder em Genebra.
1542: O papa autoriza a reorganização dos tribunais da Inquisição.
1545: Início do Concílio de Trento. A Igreja Católica reage ao avanço do protestantismo / Os conquistadores espanhóis descobrem minas de prata em Potosí (Bolívia).
1572: O escritor português Luís Vaz de Camões escreve Os Lusíadas.
1580: Portugal e seus domínios são anexados à Espanha. A chamada União Ibérica estende-se até 1640.
1582: O calendário gregoriano é promulgado pelo Papa Gregório XIII para substituir o calendário juliano (24 de fevereiro).
1584: Fundação de Virgínia, na América do Norte, pelos colonos ingleses.
1588: A esquadra inglesa vence a Invencível Armada espanhola.
1596: William Shakespeare escreve o grande clássico da literatura romântica, Romeu e Julieta.
1605: O espanhol Miguel de Cervantes escreve D. Quixote.
1621: Fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (3 de junho).
1633: Processado pela Inquisição, Galileu Galilei é obrigado a negar suas teses sobre o movimento da Terra.
1642: Inicia a Guerra Civil Inglesa (22 de agosto).
1643: O cientista italiano Torricelli inventa o Barómetro de mercúrio.
1651: O inglês Oliver Cromwell promulga o Ato de Navegação, com o objetivo de desenvolver a marinha mercante inglesa.
1661: Na França, tem início o reinado de Luís XIV, o Rei Sol, que se estende até 1715.
1687: O físico Newton formula a Lei da gravidade.
1688: Revolução Gloriosa na Inglaterra. Guilherme de Orange assina a Declaração de Direitos.
1748: O jurista Montesquieu escreve O Espírito das Leis defendendo a separação funcional dos poderes do Estado em legislativo, executivo e judiciário.
1762: O filósofo suíço Rousseau escreve O Contrato Social.
1769: James Watt aperfeiçoa a máquina a vapor, iniciando a Revolução Industrial na Inglaterra.
1776: A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América é aprovada pelas delegações das 13 colônias britânicas no Congresso Continental, em Filadélfia, Pensilvânia, iniciando a Revolução Americana (4 de julho).
1780: O cientista Lavoisier formula a teoria da Combustão química.
1787: Proclamação da Constituição dos Estados Unidos da América (17 de setembro).
1789: Começa a Revolução Francesa (14 de julho).

Idade Média século V ao XV

A Idade Média é o período histórico que vai do século V ao XV. Tem início com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e termina em 1453 com a Tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos.
Principais fatos históricos da Idade Média 
476 - Bárbaros germânicos invadem e derrubam Império Romano do Ocidente.
481 - Clóvis é proclamado rei do Reino Franco.
493 - Teodorico funda o reino ostrogodo da Itália.
800 - Carlos Magno é coroado imperador.
843 - Tratado de Verdum: estabeleceu a divisão do Império Carolíngio.
987 - Hugo Capeto é coroado rei da França.
1095 - Organização da Primeira Cruzada pelo papa Urbano II.
1118 - Criação da Ordem dos Cavaleiros Templários
1122 - Concordata de Worms: colocou fim a primeira fase da Questão das Investiduras entre o Sacro Império Romano-Germânico e o papado.
1163 - início da construção da Catedral de Notre-Dame de Paris.
1231 - O papa Gregório IX institui a Inquisição.
1351 - Instituído na Inglaterra o Estatuto dos Trabalhadores, cujo objetivo principal era controlar os salários e o mercado de trabalho no país.
1347 - tem início a epidemia de Peste Negra na Europa.
1415 - os portugueses conquistam a cidade de Ceuta. tem início o período das Grandes Navegações e descobrimentos marítimos.
1337 a 1453 - Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França.
1378 a 1417 - Grande Cisma do Ocidente (crise ocorrida na Igreja Católica)
1429 - Joana D'arc comanda os franceses na conquista da liberdade do domínio inglês.
1439 - João Gutenberg, inventor alemão, cria o sistema de impressão de textos através dos tipos móveis. É a invenção da imprensa.
1453 - Tomada de Constantinopla. Os turcos otomanos invadem e dominam o Império Bizantino (Império Romano do Oriente).

Cultura pós-moderna

Surgimento (segunda metade do séc. XX)

“Depois da experiência de duas guerras mundiais, depois de Aushwitz,
depois de Hiroshima, vivendo num mundo ameaçado pela aniquilação
atômica, pela ressurreição dos velhos fanatismos políticos e religiosos e
pela degradação dos ecossistemas, o homem contemporâneo está
cansado da modernidade. Todos esses males são atribuídos ao mundo
moderno. Essa atitude de rejeição se traduz na convicção de que
estamos transitando para um novo paradigma. O desejo de ruptura leva
à convicção de que essa ruptura já ocorreu, ou está em vias de ocorrer
(...). O pós-moderno é muito mais a fadiga crepuscular de uma época
que parece extinguir-se ingloriosamente que o hino de júbilo de
amanhãs que despontam. [...]. Nesse sentido, ela é um simples mal-estar
da modernidade, um sonho da modernidade. É literalmente, falsa
consciência, porque consciência de uma ruptura que não houve, ao
mesmo tempo, é também consciência verdadeira, porque alude, de
algum modo, às deformações da modernidade”.

(ROUANET, 1987)

Autores:


 Condição pós-moderna
 Jean-François Lyotard (filósofo)

 Modernidade líquida
 Zygmunt Bauman (sociológo)

 Hipermodernidade
 Gilles Lipovetsky (sociológo)

Características:


- Territoriral -- > Desterritoria

- Cultura nacional - -> Cultura global

-- Cultura dominante --> culturas hibrídas

- Identidade --> identificação

- Cultura popular --> cultura pop

- Modelo industrial --> modelo digital

Cultura popular

SURGIMENTO

“Com o romantismo, delineaream-se os traços principais do que se
tornou a Cultura Popular: primitivismo (isto é, a ideia de que a cultura
popular é retomada e preservação de tradições que, sem o povo, teriam
sido perdidas), comunitarismo (isto é, a criação popular nunca é
individual mas coletiva e anônima, pois é manifestação espontânea da
Natureza e do Espiríto do povo) e purismo (isto é, o povo por excelência
é o povo pré-capitalista, que não foi contaminado pelos hábitos da vida
urbana – Na Europa, são os camponeses que, vivendo próximos da
Natureza e sem contatos com estranhos, preservam os costumes
primitivos em sua pureza original; na América Latina, são os índios,
‘raíces de America’ [...].”
(CHAUÍ ,)

ATUALIDADE

“Já se disse que o interesse pelas culturas populares é contemporâneo
ao momento do seu desaparecimento. Antropólogos, historiadores,
sociológos, críticos estudam algo que praticamente não existe mais, tal
como existiu num passado não muito remoto: não há culturas
camponesas ou, pelo menos, culturas camponesas não contaminadas,
exceto em regiões extremamente pobres, onde o capitalismo se
dedicou apenas ao usufruto e à destruição. As culturas urbanas são uma
mistura dinâmica, um espaço varrido pelos ventos dos meios de massa.
[...] Culturas populares: artefatos que não existem em estado puro.”
(SARLO,2004) Cultura

‘“Hibridização”, “mestiçagem”, “reclicagem”, “mescla”, são as palavras
usadas para descrever o fenômemo. Os setores populares já não vivem
limitados ao espaço físico do bairro, da favela ou da fábrica. No telhado
das casas, nas ladeiras enlameadas ocupadas pelas favelas, ao longo das
autopistas de acesso às cidades, nos conjuntos habitacionais arruinados,
as antenas de televisão traçam as linhas imaginárias de uma nova
cartografia cultural.’
“O hermetismo das culturas camponesas, inclusive a miséria e o
isolamento das culturas indígenas, rompeu-se; os índios aprenderam
rapidamente que, se quiserem ser ouvidos na cidade, devem usar os
mesmos meios pelos quais eles ouvem o que se passa na cidade. […]
(SARLO,2004)

Indústria cultural

CONCEITO
"O surgimento da indústria cultural liga-se, de forma direta, à Revolução
Industrial, com o fenômeno da industrialização, da economia de mercado,
do capitalismo liberal e da indústria de consumo. Sua conceituação faz-se
em analogia à da produção econômica com o uso de máquinas, a divisão do
trabalho e a ideia da submissão da cultura ao mercado. A relação entre
indústria cultural e meios de comunicação de massa é feita, assim, quase de
forma direta, embora essa associação não seja inseparável. Com o
surgimento do rádio, do cinema e da televisão, a indústria cultural se
consolida, fenômeno localizado no século XX, aumentando a separação
entre a chamada cultura erudita e a cultura de massa. Os primeiros a utilizar
tal conceito foram os teóricos da Escola de Frankfurt, a partir do pressuposto
da função alienante da indústria cultural, ao retirar da cultura sua função de
instrumento de crítica, expressão e conhecimento, tornando-a mercadoria
consumível.“
(ITAÚ CULTURAL, 2014)

EFEITOS COLATERAIS:

“Como outras nações da América, a Argentina vive o clima do que se chama
de ‘pós-modernidade’ no marco paradoxal de uma nação fraturada e
empobrecida. Vinte horas diárias de televisão, em cinquenta canais, e uma
escola desarmada, sem prestígio simbólico nem recursos materiais;
paisagens urbanas traçadas segundo o último design do mercado
internacional e serviços urbanos em estado crítico. O mercado audiovisual
distribui suas bagatelas e aqueles que podem consumi-las se entregam a
essa atividade como se fossem moradores dos bairros ricos de Miami. Os
mais pobres só podem conseguir o fast-food televisivo; os menos pobres
consomem este e alguns bens, enquanto se lembram dos bons tempos da
escola pública, a qual seus filhos já não recebem o que receberam; os
demais , como em qualquer parte, escolhem o que quiserem.”
(SARLO, 2004)

Cultura contemporânea

ESPAÇOS CULTURAIS:

“[…] o bairro popular hoje é menos importante do que quarenta ou
cinquenta anos, como espaço de associação, construção da experiencia
comum e estabelecimento de relações face a face. Em muitas cidades, o
bairro operário e o subúrbio são lugares inseguros, onde a violência
cotidiana aconselha o recolhimento privado . E no centro mesmo do mundo
privado, reluz o vídeo sempre desperto. O bairro deixa de ser o território de
uso e pertencimento, porque seus habitantes seguiram o contraditório
processo duplo de transpor todas as fronteiras, tornado-se público
audiovisual, e ao mesmo tempo ficar cada vez mais encerrados dentro de
suas casas.”
(SARLO, 2004)

ESPAÇOS CULTURAIS:

“Velhos centros tradicionais de interação – a escola, as bibliotecas
populares, os comites políticos, as sociedades de fomento, os clubes de
bairro – deixaram de ser os lugares onde, no passado, definiam-se perfis de
identidade e sentido comunitário. Esses lugares, ainda dominados pela
cultura da letra e pela relação individual, face a face, têm hoje uma
presença muito menor. Recorre-se a eles não ao longo de um cotidiano
contínuo, e sim no momento de uma crise ou de uma necessidade
permptória. Os mais jovens não encontram nesses espaços nenhuma das
marcas culturais que interessavam a outros jovens, há trinta, quarenta ou
cinquenta anos. E sem jovens, não existe possiblidade de transmissão
cultural. Outros lugares propõem alternativas mais bem sintonizadas com as
qualidades da cultura audiovisual: [lan houses,, discotecas] etc.”
(SARLO, 2004)

Bibliografia

 BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

 CHAUI, Marilena. Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no
Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1989.

 COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de políticas culturais: cultura e
imaginário. São Paulo: Iluminuras/Fapesp, 1999.

 ITAÚ CULTURAL. Indústria cultural. In: ______. Glossário. Disponível em: <
http://novo.itaucultural.org.br/obsglossario/industria-cultural/ >. Acesso
em: 10 fev. 2014.

 LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004.

 LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 8. ed. São Paulo: José
Olympio, 2004.


ROUANET, Sergio Paulo . As razões do iluminismo. São Paulo: Companhia
das Letras, 1987.

 SARLO, Beatriz. Cenas da vida pós-moderna: intelectuais, arte e videocultura
na Argentina. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2004.



segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O uso do conceito de cultura na investigação sobre profissões

A problematização do conceito de cultura em ciências sociais é antiga e tem tido inúmeras abordagens. Este artigo visa explicitar o uso que temos dado ao conceito quando o inserimos em estratégias de investigação sobre as culturas profissionais. Para o efeito desenvolvemos uma síntese da diversidade de posições e metodologias das ciências sociais que usam o conceito de cultura (epistemologias da cultura) e, com base numa perspectiva inspirada na fenomenologia, nas contribuições de Anthony Giddens e Claude Dubar e numa visão crítica sobre o conceito de prática social em Pierre Bourdieu, propomos uma outra configuração para o objecto cultura (epistemologia da cultura-conjuntura) quando aplicado à análise da actividade de grupos de trabalho técnico-intelectual. Leia mais

Anál. Social  n.189 Lisboa out. 2008

Telmo Caria

Laicismo

Secularismo francês (em francês: laïcité - pronuncia-se [la.isite], em português: laicismo) é um conceito que denota a ausência de envolvimento religioso em assuntos governamentais, bem como ausência de envolvimento do governo nos assuntos religiosos. O secularismo francês tem uma longa história, mas a legislação atual é baseada na lei francesa de 1905 sobre a separação das Igrejas e do Estado. Durante o século XX, ela evoluiu para significar igualdade de tratamento entre todas as religiões, embora uma interpretação mais restritiva do termo tem sido desenvolvida desde 2004. Apesar de dicionários ordinariamente traduzir laïcité como secularidade ou laicidade (sendo este último o sistema político) , tais conceitos não devem ser confundidos: laicismo não se confunde com laicidade.

Na sua aceitação estrita e oficial, é o princípio da separação entre Igreja (ou religião) e Estado.6 Etimologicamente, laïcité é um substantivo formado pela adição do sufixo -ite (português: -dade, latim -itas) ao adjetivo em latim lāicus, um empréstimo da palavra grega λᾱϊκός (Laikos "do povo", "leigo") e do adjetivo λᾱός (laos "povo"). A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas.

Politicamente podemos dividir os países em duas categorias, os laicos e não laicos, em que nos países politicamente laicos a religião não interfere directamente na política, como é o caso dos países ocidentais em geral. Países não-laicos são teocráticos, e a religião tem papel ativo na política e até mesmo constituição, como é o caso de Israel, Irã e do Vaticano, entre outros.

Fonte:

Wikipédia

CIÊNCIA, TOLERÂNCIA E ESTADO LAICO

Tema que tem estado presente na vida nacional desde o início do regime republicano no Brasil, embora nem sempre de forma evidente, a relevância do caráter laico do Estado eclodiu com grande visibilidade pública e impacto sobretudo nas últimas décadas, indo para o centro do debate político com a visita ao país do papa Bento XVI, em maio de 2007. A afirmativa do presidente Luís Inácio Lula da Silva, frente ao papa, de que não assinaria o acordo bilateral ou concordata, como pretendia a Santa Sé, por ser o Brasil um Estado laico, colocou os holofotes sobre uma questão tão relevante quanto sensível e muitas vezes mal compreendida. Ensino religioso nas escolas públicas, a descriminalização do aborto, entre outros direitos reprodutivos e questões de gênero, pesquisas com células-tronco — todos têm sido temas que mobilizaram a opinião pública e diferentes setores do Estado, com pedidos de audiência pública no Supremo Tribunal Federal e no Congresso Nacional. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) tem-se manifestado, como representante da comunidade científica, em diferentes ocasiões, tanto quando solicitada, quanto espontaneamente, marcando posição ou junto a órgãos públicos ou junto à imprensa. Essas manifestações são indicativas de como é relevante a presença e a mobilização da comunidade científica no que se refere a tema que a toca tão diretamente.

São diversas as trilhas de análise possíveis para se compreender a relação entre a ciência e o Estado laico. Uma delas, mais convencional, dá conta de questões referentes à relação histórica entre as instituições religiosas e o fazer científico, que no mundo ocidental diz respeito acentuadamente à relação entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a ciência. É uma relação que nem sempre tem sido cordial ou pacífica, mas, ao contrário, freqüentemente marcada por acusações de heresia dirigidas a cientistas que chegavam, em suas investigações, a achados distintos do que pregavam dogmas ou a doutrina da Igreja Católica. Não se trata aqui de fazer essa abordagem histórica, mas de procurar entender os limites que existem entre os dois campos e qual o sentido da tolerância que pode caber aí, no contexto de declarações internacionais que cuidam da temática, como atitude possível no âmbito do caráter laico do Estado. Leia mais

Fonte

Fischmann, Roseli Cienc. Cult. vol.60 no.spe1 São Paulo July 2008

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Conceito de Cultura

Origem (Antiguidade):

“Vinda do verbo latino colere, que significa cultivar, criar, tomar conta e
cuidar, cultura significava o cuidado do homem com a natureza. Donde:
agricultura. Significava também, cuidado dos homens com deuses.
Donde: culto. Signficava ainda o cuidado com a alma e o corpo das
crianças, com sua educação e sua formação. Donde puericultura.”

“a cultura era o cultivo ou a educação do espírito das crianças para
tornarem-se membros excelentes ou virtuosos da sociedade pelo
aperfeiçoamento e pelo refinamento de suas qualidades naturais
(caráter, índole, temperamento). A cultura, era assim, a intervenção
deliberada e voluntária dos homens sobre a natureza de alguém para
torná-la conforme os valores de sua sociedade.”
(CHAUI, 2006)

“Dessa perspectiva, a cultura era moral (o sistema de mores ou de
costumes de uma sociedade), a ética (a forma correta de conduta de
alguém graças à modelagem de seu ethos natural pela educação) e
política (o conjunto de instituições humanas relativas ao poder e
arbitragem de conflitos pela lei)”

“Em seu sentido antigo, a cultura era o aprimoramento da natureza
humana por meio da educação entendida em seu sentido amplo, isto é,
como formação das crianças pela sua iniciação à vida da coletividade
por meio do aprendizado de música, dança, ginástica, arte da guerra,
gramática, poesia, oratória, lógica, história, filosofia etc.”
 (CHAUI, 2006)

“Culta era a pessoa moralmente virtuosa, politicamente consciente e 
participante, intelectualmente desenvolvida pelo conhecimento das 
ciências, das artes e da filosofia, de sorte que a divisão social das classes 
era sobredeterminada pela distinção entre cultos (os senhores) e 
incultos (escravos, servos e homens livres pobres), e a distinção entre os 
povos se fazim pela designação do outro como bárbaro.” 
 (CHAUI, 2006)

Século XVIII 
 
“A partir do século XVIII, cultura, porém ganha um novo sentido, 
passando a significar os resultados daquela formação ou educação dos 
seres humanos, de seu trabalho e de sua sociabilidade, resultados 
expressos em obras, feitos, ações e instituições: as artes, as ciências, a 
filosofia, os ofícios, a religião e o Estado. 
 
“Na medida em que o pensamento da Ilustração conserva a ideia antiga 
de que a cultura é advento do estado social e da vida política, isto é, da 
vita civile, cultura torna-se sinônimo de civilização, como expressão dos 
costumes e das instituições enquanto efeitos da formação e da 
educação dos indivíduos, do trabalho e da sociabilidade.” 
(CHAUI, 2006) 

Antropologia (séc. XIX) 
 
“ A cultura é um todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, 
moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos 
adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” 
(TYLOR, Edward apud LARAIA, 1986)

Cultura e história (século XX) 
 
"Cultura é uma concepção de mundo e de vida, coerente, unitária e de 
difusão nacional; é uma religião laica. Uma filosofia que se tornou 
cultura gerou um modo de viver, uma conduta civil e individual“ 
(GRAMSCI, 1999) 

“Cultura é todo um conjunto de práticas e expectativas, sobre a 
totalidade da vida: nossos sentidos e distribuição de energia, nossa 
percepção de nós mesmos e nosso mundo. É um sistema vivido de 
significados e valores – constitutivo e constituidor – que, ao serem 
experimentados como práticas, parecem confirmar-se 
reciprocamente.” 
(WILLIANS,1979)

“A cultura pode ser considerada atualmente com um conjuntos de 
práticas distintivas, espirituais e materiais, intelectuais e afetivas que 
caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Engloba além das artes 
e das letras, os modos de vida, os direitos fundamentais do ser humano, 
os sistemas de valores, as tradições e as crenças para que a cultura dê ao 
homem a capacidade de refletir sobre si mesmo. É por meio da cultura 
que distinguimos valores e fazemos opções. É pela cultura que o homem 
se expressa, toma consciência de si mesmo, se reconhece como um 
projeto inacabado, pondo em questão suas realizações, buscando 
incansavelmente novas significaçoes, e cria obras que o transcede.” 
(UNESCO,2014)

Cultura e Ministário da Cultura 
(Plano Nacional de Cultura, 2008) 
 
“Adotando uma abordagem antropológica abrangente, [o Plano 
Nacional de Cultura] retoma o sentido original da palavra cultura e se 
propõe a “cultivar” as infinitas possibilidades de criação simbólica 
expressas em modos de vida, motivações, crenças religiosas, valores, 
práticas, rituais e identidades. Para desfazer relações assimétricas e 
tecer uma complexa rede que estimule a diversidade, O Plano Nacional 
de Cultura prevê a presença do poder público nos diferentes ambientes 
e dimensões em que a cultura brasileira se manifesta. As políticas 
culturais devem reconhecer e valorizar esse capital simbólico, por meio 
do fomento à sua expressão múltipla, gerando qualidade de vida, 
autoestima e laços de identidade entre os brasileiros.” 
(MinC, 2008)

Bibliografia 
 CHAUI, Marilena. Direito à memória. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 
2006. 
 
 GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 1999. 
 
 LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Zahar. Rio de 
Janeiro, 1986. 
 
 UNESCO. Líneas generales. Disponível em: 
http://www.unesco.org/new/es/mexico/work-areas/culture/. Acesso em: 
02 fv. 2014. [tradução livre do original em espanhol]. 
 
 WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. 



Cultura

In: Dicionário de Conceitos Históricos - Kalina Vanderlei Silva e Maciel Henrique Silva – Ed.
Contexto – São Paulo; 2006

CULTURA

O conceito de cultura é um dos principais nas ciências humanas, a ponto de a
Antropologia se constituir como ciência quase somente em torno desse conceito.
Na verdade, os antropólogos, desde o século XIX, procuram definir os limites de
sua ciência por meio da definição de cultura. O resultado é que os conceitos de cultura
são múltiplos e, às vezes, contraditórios.

O significado mais simples desse termo afirma que cultura abrange todas as
realizações materiais e os aspectos espirituais de um povo. Ou seja, em outras palavras,
cultura é tudo aquilo produzido pela humanidade, seja no plano concreto ou no plano
imaterial, desde artefatos e objetos até ideais e crenças. Cultura é todo complexo de
conhecimentos e toda habilidade humana empregada socialmente. Além disso, é também
todo comportamento aprendido, de modo independente da questão biológica.

Essa definição foi criada por Edward Tylor no século XIX e apesar de sua
atualidade, gerações e gerações de antropólogos procuraram aprofundá-la para melhor
compreender o comportamento social. Entre esses pensadores, um dos mais influentes
foi Franz Boas, que no começo do século XX iniciou uma crítica sistemática às teorias até
então vigentes que defendiam a existência de uma hierarquia entre culturas. Tais teorias,
chamadas evolucionistas pela influência da obra de Charles Darwin, defendiam que todas
as culturas passavam pelas mesmas etapas, ou estágios, durante sua existência,
evoluindo, progredindo das mais primitivas para as mais avançadas ao longo do tempo,
sendo que o estágio mais avançado da humanidade era o atingido pelo Ocidente, visão
que dava ao etnocentrismo status de ciência.

Boas, por sua vez, foi um dos pioneiros em criticar essa visão, afirmando que toda
cultura tem uma história própria, que se desenvolve de forma particular e não pode ser
julgada a partir da história de outras culturas. Assim, Boas usou, já no início do século xx,
a História para explicar a diversidade cultural, a grande diferença de culturas na
humanidade, fazendo pela primeira vez uma aproximação entre História e Antropologia
até hoje bastante utilizada, chegando a influenciar obras como Casa-grande e Senzala,
de Gilberto Freyre, discípulo de Franz Boas.

 É exatamente essa diversidade cultural que a Antropologia procura estudar. Qual
a natureza do comportamento cultural? Raça e meio ambiente influem nas definições
culturais? As culturas evoluem? Essas são algumas das questões que desde o século XIX
têm interessado aos antropólogos. Atualmente, na Antropologia não há um consenso
sobre o que é cultura, mas existem muitos conceitos diferentes. Apesar disso, há
concordância com relação a alguns pontos dessas múltiplas definições. Um desses
pontos afirma que diferenças genéticas não determinam comportamentos culturais, ou
seja, toda divisão de trabalho com base no sexo ou na raça, por exemplo, é cultural e não
predeterminada pela natureza. A mesma premissa serve na afirmação de que o meio
geográfico também não determina comportamentos culturais. Assim, quaisquer tipos de
discriminações sociais feitas com base em sexo ou raça, como aqueles discursos
proferidos em nossa sociedade que afirmam que determinados trabalhos não podem ser
feitos por mulheres, ou que algumas atividades consideradas inferiores são
exclusivamente "trabalho de negro': não possuem base biológica. Mas são discursos
criados para justificar a posição dominante de determinados grupos sociais.

Mas nem toda definição de cultura vem da Antropologia. O estudioso brasileiro
Alfredo Bosi, por exemplo, em Dialética da colonização, define cultura a partir da
linguística e da etimologia da palavra: cultura, assim como culto e colonização, viria do
verbo latino colo, que significa eu ocupo a terra. Cultura, dessa forma, seria o futuro de tal
verbo, significando o que se vai trabalhar, o que se quer cultivar, e não apenas em termos
de agricultura, mas também de transmissão de valores e conhecimento para as próximas
gerações.

Nesse sentido, Bosi afirma que cultura é o conjunto de práticas, de técnicas, de
símbolos e de valores que devem ser transmitidos às novas gerações para garantir a
convivência social. Mas para haver cultura é preciso antes que exista também uma
consciência coletiva que, a partir da vida cotidiana, elabore os planos para o futuro da
comunidade. Tal definição dá à cultura um significado muito próximo do ato de educar.
Assim sendo, nessa perspectiva, cultura seria aquilo que um povo ensina aos seus
descendentes para garantir sua sobrevivência.

Em todo universo cultural, há regras que possibilitam aos indivíduos viver em
sociedade; nessa perspectiva, cultura envolve todo o cotidiano dos indivíduos. Assim, os
seres humanos só vivem em sociedade devido à cultura. Além disso, toda sociedade
humana possui cultura. A função da cultura, dessa forma, é, entre outras coisas, permitir a
adaptação do indivíduo ao meio social e natural em que vive. E é por meio da herança
cultural que os indivíduos podem se comunicar uns com os outros, não apenas por meio
da linguagem, mas também por formas de comportamento. Isso significa que as pessoas
compreendem quais os sentimentos e as intenções das outras porque conhecem as
regras culturais de comportamento em sua sociedade. Por exemplo, gestos como rir,
xingar, cumprimentar, assim como os modos de vestir ou comer indicam, para outras
pessoas do grupo tanto a posição social de um indivíduo quanto seus sentimentos, mas
apenas porque quem interpreta seus gestos e sua fala possui os mesmos códigos
culturais. É por isso que, ao depararmos com uma pessoa de cultura diferente, podem
acontecer confusões e mal-entendidos, como um cumprimento ser considerado rude ou
uma roupa ser considerada imprópria. O desentendimento provém do choque cultural, do
contato entre duas culturas distintas. Isso pode acontecer entre indivíduos ou entre
sociedades inteiras, nesse caso provocando transformações em ambas as sociedades. É
o caso do confronto entre as culturas indígenas e européias depois da conquista da
América, ou entre a cultura islâmica e a ocidental hoje.

Além dessas características, é preciso ressaltar que todas as culturas têm uma
estrutura própria, todas mudam, todas são dinâmicas. Assim, não é possível falarmos de
povos sem história, porque tal fenômeno significaria a existência de uma cultura que não
passasse por transformações ao longo do tempo, algo que hoje tanto a História quanto a
Antropologia refutam veementemente. Também a noção de culturas "atrasadas" é
obsoleta, pois para considerarmos uma cultura atrasada teríamos de julgá-la segundo o
parâmetro de "adiantamento" de outras sociedades, o que não é possível. Outro dado a
considerar é que as culturas estão sempre em interação, pois nenhuma cultura é isolada.
Há trocas culturais e influências mútuas em todas as sociedades. Nesse sentido, se todas
as culturas são dinâmicas e mudam ao longo do tempo, todas as sociedades são também
históricas, independentemente de serem tribos, bandos de caçadores-coletores ou
grandes Estados.

A definição de cultura como o conjunto de realizações humanas, materiais ou
imateriais leva-nos a caracterizá-la como um fundamento básico da História, que por sua
vez pode ser definida como o estudo das realizações humanas ao longo do tempo. Tal
percepção, no entanto, só se desenvolveu plenamente com a Nova História, na segunda
metade do século xx. Seguindo a perspectiva interdisciplinar da Escola de Annales, os
historiadores da Nova História começaram a fazer conexões entre História e Antropologia
e História e Literatura, algo em que o antropólogo brasileiro Gilberto Freyre foi precursor.
Os historiadores da Nova História passaram a escolher temas cada vez mais voltados
para o cotidiano e as mentalidades, realizando, dessa forma, trabalhos de História
Cultural. São exemplos dessas pesquisas os estudos de Georges Duby sobre o amor e o
casamento na Idade Média francesa e os de Jacques Le Goff sobre os intelectuais
medievais.

Historiadores mais recentes, no fim do século xx, como Robert Darnton; deram
continuidade a essa abordagem, mesclando métodos e teorias antropológicas para
esmiuçar sociedades, culturas e imaginários passados. O trabalho de Darnton, O Grande
Massacre dos Gatos, tornou-se um marco no estudo antropológico das formas de pensar
em diferentes épocas da história, nesse caso especificamente a sociedade francesa do
século XVIII. No Brasil, tal linha fez escola, e a História Cultural é hoje uma das mais
produtivas, com pesquisadores como Ronaldo Vainfas, Lilia Moritz Schwarcz e Luiz Mott,
que trabalham seja com a História do cotidiano, o imaginário, a micro-história e da História
das Mentalidades, todas elas áreas que se desenvolveram com a inserção da cultura
como objeto da História

Outro sentido muito comum atribuído à palavra cultura é aquele que a define como
produção artística e intelectual. Assim, podemos falar de cultura erudita, cultura popular,
cultural de massa etc, todas expressões que designam conceitos específicos para a
produção intelectual de determinados grupos sociais.

Trabalhar com a rica gama de significados do conceito de cultura dá aos
educadores uma importante ferramenta contra o preconceito, pois esse é derivado
principalmente do etnocentrismo. Uma estratégia possível para as salas de aula é
trabalhar com os alunos elementos de culturas diferentes da nossa, como as sociedades
africanas ou indígenas, japonesa etc., expondo como cada uma dessas culturas
corresponde a respostas a seus próprios problemas e tem significado para os seus
membros. Essa estratégia tem outra vantagem, que é a possibilidade de se discutir a
diversidade cultural e estimular o respeito à diferença. Assim, vale lembrar que um dos
principais objetivos de trabalhar com esse conceito nos níveis Fundamental e Médio é a
necessidade de se combater o etnocentrismo.

VER TAMBÉM

Aculturação; Civilização; Colonização; Etnocentrismo; História; Identidade;
Indústria Cultural; Interdisciplinaridade; Mentalidades; Imaginário; Relativismo Cultural;
Sociedade; Tradição.

SUGESTÕES DE LEITURA

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
COLINSON, Diané. 50 grandes Filósofos: da Grécia antiga ao século xx. 2. ed.
São Paulo: Contexto, 2004.
DARTON, Robert. O Grande Massacre de Gatos: e outros episódios de história
cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
EDGAR, Andrew; SEDGWICK, Peter. Teoria cultural de A a Z: conceitos-chave
para entender o mundo contemporâneo. São Paulo: Contexto, 2003.
HUGHES-WARRIGTON, Marnie. 50 grandes pensadores da História. São Paulo:
Contexto, 2002.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2003.
NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: utopia e massificação. Ed. São Paulo:
Contexto, 2004.
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2001. 
SANTOS, JOSÉ Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2003. 
SCHWARCZ, Lilia; GOMES, Nilma (orgs.). Antropologia e história: debate em 
região de fronteira. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. 



terça-feira, 4 de junho de 2013

Revista: TEORIA E CULTURA


É uma publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora, destinada à divulgação de trabalhos sobre temas relacionados às suas linhas de pesquisa - "Cultura, Democracia e Instituições", "Desigualdade Social e Políticas Públicas" e "Diversidade e Fronteiras Conceituais". 

Acesse a Revista

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Boletim de Pesquisa NELIC



A principal missão do Boletim de Pesquisa NELIC é ser um meio de divulgação científica de produções acadêmicas acerca dos estudos literários e culturais. Dentre os objetivos, o de ampliar a possibilidade de acesso à produção científica - desde professores doutores à bolsistas de iniciação científica - vinculada ao NELIC - Núcleo de Estudos Literários & Culturais.

VOCÊ SABIA?

VOCÊ SABIA? A logo do Bluetooth é a união das runas nórdicas Hagall e Berkanan, correspondentes às letras H e B do nosso alfabeto, sendo tam...