quinta-feira, 29 de agosto de 2013

INTRODUÇÂO À TEORIA DA BURCRACIA



No Inicio do século XX, Max Weber, sociólogo alemão, publicou um bibliografia a respeito das grandes organizações da sua época. Deu-lhes o nome de burocracia e passou a considera o século XX como o século das burocracias, pois achava que estas eram as organizações característica de uma nova época, plena de novos valores e de novas exigências (CHIAVENATO, 2000).
As burocracias sugiram a partir da era vitoriana como decorrência da necessidade que as organizações sentiram de ordem e de exatidão e das vindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. O modelo burocrático de organização surgiu como uma reação contra a crueldade, o nepotismo e contra os julgamentos tendenciosos e parcialistas, típicos das práticas administrativas desumanas e injustas do início da evolução Industrial.
Rapidamente, a formula burocrática de administração alastrou-se por todos os tipos de organizações humanas, como industrias, empresas de prestação de serviços, repartições públicas e órgãos governamentais, organizações educacionais, militares etc., em uma crescente burocratização da sociedade (CHIAVENATO, 2000).
6 - Origens da Teoria da Burocracia
A Teoria da burocracia desenvolveu-se na Administração ao redor da década de 1940, em função dos seguintes aspectos:
1 - A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias entre si, mas sem possibilitarem uma abordagem global, integrada e envolvente dos problemas organizacionais. Ambas as teorias revelam dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da estrutura como dos participantes da organização.
 Tornou-se necessário um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização humana e principalmente às Empresas.
 O crescente tamanho e complexidade das Empresas passou a exigir modelos organizacionais mais bem definidos. Alguns historiadores verificaram que a indústria em grande escala depende da sua organização, da Administração e do grande número de pessoas com diferentes habilidades. Milhares de homens e mulheres devem ser colocados em diferentes setores de produção e em diferentes níveis hierárquicos: os engenheiros e administradores no alto da pirâmide e os operários na base. Devem executar tarefas específicas, devem ser dirigidos e controlados. Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação, que se tomava mais complexa.
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4 - O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, o seu criador. Segundo essa teoria, um homem pode ser pago para agir e se comportar de certa maneira preestabelecida, a qual lhe deve ser explicada com exatidão, muito minuciosamente e em hipótese alguma permitindo que suas emoções interfiram no seu desempenho. A Sociologia da Burocracia propôs um modelo de organização e os administradores não tardaram em tentar aplicá-lo na prática em suas empresas. A partir daí, surge a Teoria da Burocracia na Administração.
 Tipos de sociedade e Autoridade
Weber verificou que o capitalismo, a burocracia (como forma de organização) e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade, que surgiram a partir de mudanças ocorridas em países protestantes e não em países católicos. Essas três formas de racionalidade se apoiaram mutuamente nas mudanças religiosas. Para compreender aburocracia, Weber estudou os tipos de Sociedade e os tipos de Autoridade.
 Tipos de Sociedade
  1. Sociedade tradicional: onde predominam características patriarcais e átrimonalistas, como a família, o clã, a sociedade medial etc.
  2. Sociedade carismática: onde predominam caracterís ticas místicas, arbitrárias e personalístas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, na nações em revolução etc.
  3. Sociedade legal, racional ou burocratica: onde predominam normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc.
 Tipos de Autoridade
Segundo Chiavenato (2000), a autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado. Poder implica potencial para exercer influência sobre as outras pessoas. A autoridade proporciona o poder: ter autoridade é ter poder,mas a recípocra nem sempre é verdadeira, pois ter poder neim sempre significa ter autoridade. Weber aponta três tipos de autoridade legítima, a saber:
  1. Autoridade Tradicional: baseia-se na precedência e no uso, os líderes adquirem a autoridade por herança e os procedimentos são justificados no costume e na repetição (PUGH, 2004).
  2. Autoridade carismática: baseia-se na precedência e no uso, os líderes adquirem a autoridade por herança e os procedimentos são justificados no costume e na repetição (PUGH, 2004).
  3. Autoridade Legal, Racional ou Burocrática:baseia-se um sistema de regras e procedimentos estruturados em cargos e funções concebidos para se atingir determinados objetivos, que é livre dos do líder e dos procedimentos tradicionais. Essa forma de organização é justamente a “burocracia” (PUGH, 2004).

Características da Burocracia segundo Weber
Segundo o conceito popular, a burocracia é estendida como uma empresa ou organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo soluções rápidas ou eficientes. O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrário. A burocracia é a organização eficiente por excelência. Para conseguir eficiência, a burocracia detalha nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes características:
Caráter legal das normas e regulamentos
A burocracia é uma organização ligadas por normas e regulamentos estabelecidos previamente por escrito. Em outros ternos , é uma organização baseada em uma legislação própria (como a constituição para o Estado ou os estatutos para a empresa privada) que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas norma se regulamentos são escritos também são exaustivos porque cobrem todas as áreas da organização. Prevêem todas as ocorrências e as esquadram dentro de um esquema definido capaz de regular tudo o que ocorra dentro da organização. As normas e regulamentos são legais porque conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre os subordinados e os meios coercitivos capazes de impor as disciplina.
Caráter Formal das Comunicações
A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito. Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e documentação adequadas, bem como assegurar a interpretação unívoca das comunicações.
Caráter Racional e Divisão do Trabalho
A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. A divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da organização. Daí o aspecto racional da burocracia. Há uma divisão sistemática do trabalho e do poder, estabelecendo as atribuições de cada participante.
Impessoalidade nas Relações
A distribuição das atividades é feita impessoalmente, ou seja, em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter impessoal da burocracia. A administração da burocracia é realizada sem considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e de funções. Ele obedece ao superior, não em consideração à sua pessoa, mas ao cargo que o superior ocupa. A burocracia precisa garantir a sua continuidade ao longo do tempo: as pessoas vêm e vão, os cargos e funções permanecem ao longo do tempo. Assim, a burocracia é uma estrutura social impessoalmente organizada.
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